Em um dia nublado de inverno, na última quinta (30), em Lausanne, na Suíça, sete candidatos apresentaram propostas para ocupar um dos cargos mais cobiçados do esporte: a presidência do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Cada um teve 15 minutos para tentar convencer os votantes, os membros do COI, uma lista de 110 nomes com ex-atletas, integrantes da realeza, uma ganhadora do Oscar, o presidente da Fifa e os brasileiros Bernard Rajzman, da geração de prata do vôlei em Los Angeles-1984, e Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional. Pelas regras, zero foi gravado ou transmitido. Quem vota não pôde fazer perguntas. Depois, os candidatos falaram com jornalistas.
A eleição para o sucessor do teutónico Thomas Bach é em 20 de março. Dependendo de quem vencer, a forma uma vez que os Jogos Olímpicos são hoje vai mudar.
Sebastian Coe, Juan Antonio Samaranch Jr. e Kirsty Coventry são favoritos. Coe é vencedor olímpico de atletismo, foi presidente do Comitê Organizador de Londres-2012 e tem o título de lorde. Avante da World Athletics, federação internacional do esporte, liderou o desterro aos russos e teria criado desafetos ao premiar com moeda medalhistas de ouro em Paris-2024. Sobre a participação de atletas transgênero em Olimpíadas, defende a “integridade do esporte feminino”.
Samaranch Jr. diz incumbir em sua experiência de 25 anos no movimento olímpico. O pai dele presidiu o COI por 21 anos, incluindo em Barcelona-1992, Jogos exemplo de legado. Também vê a proteção a atletas mulheres uma vez que prioridade, assim uma vez que Coventry. A ministra dos Esportes do Zimbábue e campeã olímpica de natação ganhou pontos depois da apresentação. É vista uma vez que preferida de Bach, e pode ser a primeira mulher a liderar o COI em 130 anos de existência.
Competente, seria a renovação em meio a dirigentes homens brancos europeus. Passei a torcer por ela. Na coletiva de prensa, enfrentando mostra de machismo, foi a única candidata alfinetada por repórteres e teve que ouvir desaforo de uma mulher que questionou uma vez que ela seria presidente com um bebê de seis meses em lar. Coventry foi educada. Eu teria dito a essa jornalista para perguntar o mesmo aos homens.
Outro postulante é Johan Eliasch, presidente da Federação Internacional de Esqui e Snowboard, que defende limitar Jogos de Inverno a um grupo fixo de cidades e a participação de russos uma vez que atletas neutros. Se eleito, o príncipe Feisal Al Hussein, da Jordânia, não descarta tirar os Jogos de verão de julho e agosto, mudando o calendário para que mais países se candidatem. David Lappartient preside a Federação de Ciclismo e quer Jogos na África pela primeira vez. Morinari Watanabe, que comanda a Federação de Ginástica, tem a ideia esdrúxula de sediar Olimpíadas em cinco cidades dos cinco continentes ao mesmo tempo.
É uma disputa em que a traço de chegada não tem vencedor simples. Quem terminar em primeiro vai mourejar com a organização de Los Angeles-2028 em um país presidido por Donald Trump, riscos ao esporte em meio ao aquecimento global, questões geopolíticas, guerras, doping, lucidez sintético etc. Baita responsabilidade e privilégio manter viva a marca mais cobiçada do planeta: os anéis olímpicos.