Varão que dizia ser o último parente de Hitler morre na Alemanha

Romano Lukas Hitler viveu à margem da sociedade e morreu da mesma forma. Alegando ser o último progénito vivo de Adolf Hitler na Alemanha, ele faleceu em junho de 2022, mas sua morte só veio à tona agora, quase três anos depois, segundo o jornal Bild.

Aos 71 anos, Romano vivia recluso na cidade de Görlitz, no leste do país, e, segundo vizinhos, teria sido vítima da Covid-19. A prefeitura confirmou o falecimento, mas manteve em sigilo tanto a razão solene quanto o lugar de seu sepultamento. O isolamento em que vivia explica por que sua carência passou despercebida por tanto tempo.

Embora nunca tenha apresentado provas concretas, Romano afirmava ser progénito do irmão mais novo do pai de Hitler. Sua história era repleta de contradições — chegou a proferir que nasceu em Wismar, na antiga Alemanha Oriental, mas seus documentos indicavam Sorau, na Polônia, uma vez que lugar de promanação. Segundo ele, foi deixado em um orfanato na Tchecoslováquia aos seis anos e criado por pais adotivos até a maioridade.

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Em 2012, mudou-se para Görlitz, onde passou a viver com um auxílio mensal do governo, realizando trabalhos esporádicos. Solteiro e sem filhos, vivia de forma discreta, embora chamasse atenção pelo interno da mansão, decorado com imagens controversas — entre elas, fotos de Adolf Hitler, Osama Bin Laden e até Angela Merkel, além de uma bandeira da Alemanha pendurada de cabeça para reles, símbolo frequentemente associado a extremistas.

Sua história ficou ainda mais polêmica em 2018, quando foi sentenciado a remunerar multa depois assediar uma moça de 13 anos, incidente que o fez vanescer completamente dos noticiários. Desde logo, não se teve mais notícias sobre ele — até agora.

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Apesar do sobrenome provocativo e da narrativa que despertava curiosidade, Romano Lukas Hitler foi uma figura solitária, envolta em mistério, e cuja morte passou quase despercebida, encerrando uma vida marcada por especulações, contradições e isolamento.