O presidente Donald Trump manda inflação para o Brasil com a escalada da guerra comercial com a China, Canadá e México.
A decisão dos EUA de dobrar para 20% as tarifas sobre todos os produtos da China, seguida da retaliação dos chineses com uma tarifa suplementar sobre os mantimentos americanos, terá impacto por cá.
O Brasil deve atender o aumento da demanda externa, o que é bom para as exportações brasileiras do agro, mas ruim para os preços dos alimentos no mercado interno. Os preços tendem a subir para os brasileiros.
O cenário da inflação no Brasil, que já não estava bom, pode permanecer pior. O calor excessivo e novas restrições de clima vão seguir impulsionando a inflação.
O que se avizinha é um período extremamente difícil para o combate à subida de preços dos mantimentos. O ano de 2025 pode se solidificar porquê um dos piores para a inflação com risco de choque de oferta o ano todo e quebra de safras de produtos importantes para a mesa do brasiliano.
Se o presidente Lula já estava com a popularidade machucada pela subida dos preços, terá pela frente mais dificuldades.
Labareda a atenção a decisão do presidente Lula de assinar um decreto que impedirá o reajuste de 6% na tarifa de Itaipu previsto para nascente mês. Com o decreto, o governo conseguiu prometer que a vigor seja mantida com o mesmo preço até o termo do ano.
O risco é retomar a período de artificialismo dos preços de vigor elétrica. Já está na conta de alguns analistas o risco de Lula interferir para barrar a urgência de acionamento da bandeira vermelha de tarifa de vigor. Com isso, evitar um acréscimo na conta de luz.
A fala do ministro da Morada Social, Rui Costa, de que o governo faria intervenções para encolher os preços dos mantimentos —desmentida por ele mesmo poucas horas depois—, a essa fundura parece ser mais real do que nunca.
Desde janeiro, Lula tem vencido na tecla que vai baratear os preços dos mantimentos. Falta planejamento estratégico, o que exige muito mais do que manobras de pequeno prazo. Não tem mágica.