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Terreno escapa de asteroide, mas Lua pode ser atingida – 13/04/2025 – Mensageiro Sideral

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O asteroide 2024 YR4, que por alguns dias em fevereiro apresentou o maior risco já calculado pelos astrônomos de um objeto potencialmente devastador colidir com a Terra, deve passar ao largo do nosso planeta. Porém, ainda há um risco considerável de que ele bata com a nossa vizinha, a Lua —e isso também pode ser problema para nós.

O bólido tem sido observado consistentemente pelos astrônomos, com telescópios em solo e equipamentos espaciais. O grande destaque vai para o Telescópio Espacial James Webb, que recebeu tempo discricionário da direção do projeto para monitorar o objeto —o menor planeta sidéreo para o qual o equipamento já foi assinalado.

O resultado, fundamentado em radiação infravermelha, traz as mais precisas estimativas do tamanho real dele. Originalmente, o tamanho era estimado entre 40 e 90 metros, fundamentado no clarão em luz visível. Agora sabemos que ele tem murado de 60 metros, com variação de mais ou menos sete.

As observações feitas em 8 e 26 de março, embora sejam pouco mais que um ponto reluzente mesmo ao mais potente telescópio, também permitiram inferir sua forma básica, que é alongada, mais no estilo típico de asteroides mesmo. Segue valendo a suspicácia de que é um asteroide do tipo S, preponderante em silicatos, provavelmente originado no cinturão que reside entre Marte e Júpiter, mas novas observações são necessárias para confirmar sua constituição. Seu período de rotação foi determinado em pouco menos de 20 minutos.

A trajectória do asteroide foi também refinada, o que fez o risco de um encontro entre ele e a Terreno no dia 22 de dezembro de 2032 tombar de 3% para menos de 0,001% (é o que a gente popularmente labareda de zero). Porém, uma colisão com a Lua ainda é uma possibilidade. Segundo astrônomos da Universidade de Helsinki, que vêm monitorando o objeto com o NOT ({sigla} para Telescópio Óptico Nórdico), instalado em La Palma, Espanha, o atual risco de uma colisão com a Lua é de murado de 4%, uma chance em 25.

Ainda é um valor relativamente ordinário, e o Webb deve voltar a observar o objeto em maio (quando o planeta pode ser mais uma vez atingível a ele, sem o risco de precisar indicar o telescópio na direção do Sol), para refinar ainda mais a trajectória e confirmar ou rejeitar um impacto com a Lua.

Porém, caso essa pancada realmente aconteça, ela pode valer problemas para nós. Um impacto dessa magnitude na superfície lunar vai levantar uma grande quantidade de detritos na região do sistema Terreno-Lua. Além de incrementar a frequência de estrelas cadentes (o que pode até ser visto porquê boa e inofensiva notícia pelos amantes da reparo do firmamento), nossos satélites em trajectória podem ter de enfrentar microcolisões capazes de danificá-los (o que certamente é má notícia). Ainda assim, lembremos: a verosimilhança de que zero aconteça ainda é muito maior que a de um impacto. Veremos em maio.

Os mais novos resultados obtidos pelo Telescópio Espacial James Webb, em trabalho liderado por Andy Rivkin, do APL (Laboratório de Física Aplicada) da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, foram publicados nos Research Notes da AAS (Sociedade Astronômica Americana).


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