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Sheinbaum mostra pragmatismo ao sofrear crise com Trump – 08/02/2025 – Sylvia Colombo

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Que Donald Trump ia querer chacoalhar o xadrez da geopolítica regional, nós já sabíamos. Que o fizesse de modo tão ruidoso e veloz foi uma surpresa que deixou muitos governos preocupados e em estado de alerta.

O anúncio das tarifas comerciais de 25% a produtos canadenses e mexicanos, com a justificativa de que esses países não colaboravam para impedir a ingresso de migrantes em situação irregular e de drogas porquê o fentanil em território americano, foi o primeiro susto.

Para o Canadá, o impacto seria importante, mas não incontornável. Para o México, porém, seria gravíssimo, com consequências se expandindo ao sul das Américas, uma vez que os cartéis mexicanos hoje atuam em vários países aquém da risca do Equador.

Mas eis que a recém-empossada presidente do México, Claudia Sheinbaum, mostrou-se porquê uma superintendente de Estado digna, firme, dissolvendo ressalvas e dúvidas que existiam a saudação dela antes das eleições: falta de carisma e de pulso firme para enfrentar a pressão exercida pelo governo dos EUA. Chegaram a expor que ela poderia ser uma espécie de marionete de seu paraninfo político.

Porém, não tem sido assim.

Logo depois do proclamação da imposição das tarifas por secção do republicano, Sheinbaum afirmou que agiria com “calma” e “cabeça fria”, por meio do diálogo. E funcionou. Por ora, a medida foi suspensa.

Sheinbaum foi eleita com 59,76% dos votos e assumiu comprometida com seu estilo de exposição formal e direto. Nestas últimas semanas de crise regional, o México e a região puderam entender melhor porquê ela irá buscar governar o país.

Mais do que isso, os mexicanos embarcaram numa vaga de orgulho de sua presidente, que exibe um estilo sóbrio e uma apresentação autêntica, marcada por seu modo pausado de falar, por suas vestimentas com toques da cultura originária do país e seu sempre presente rabo-de-cavalo.

Inclusive, viralizou nas redes um incidente limitado, porém significativo, em que Sheinbaum aparece desvencilhando-se de um governador que tentava segurar seu braço, num gesto machista, e falar-lhe ao pé do ouvido.

Hoje, Sheinbaum exibe marcas singulares de aprovação, com uma zero ao volta dos 80% de aprovação.

Porquê isso foi verosímil? Seguem algumas respostas.

Antes de mais zero, apostar na diplomacia antes de arroubos verborrágicos porquê os de Javier Milei (Argentina) ou Gustavo Petro (Colômbia).

Sheinbaum concordou com algumas concessões, porquê reforçar com 10 mil soldados a fronteira entre os dois países. Ressaltou que os EUA também tinham tarefas —por exemplo, a de sofrear a venda proibido de armas, uma vez que 75% do armamento utilizado pelos carteis mexicanos vem do setentrião.

Também, porquê mulher vinda da dimensão das ciências, propôs a Trump uma avaliação das políticas de saúde pública dos EUA, de onde vem a principal demanda por drogas ilícitas. No mais, anunciou medidas para hospedar os imigrantes devolvidos por Trump por meio de planos de assistência e promoção do trabalho.

O governo dos EUA afirma ter havido uma queda de 94% na ingresso de migrantes em situação irregular a seu território. “Os números que o presidente Trump está mostrando são o resultado de uma estratégia montada pela minha equipe”, afirmou a líder mexicana.

Diferenciando-se de seu predecessor e paraninfo, Sheinbaum tem mostrado pragmatismo e resultados, e conteve uma crise sem precedentes. Resta saber se continuará tendo esse tipo de reação firme diante de os desafios vindouros. Por ora, ponto para ela.


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