Esporte

pedido de cassação de Glauber Braga é incabível

Published

on



Costenaro, filiado ao Partido Novo, não conseguiu se seleccionar vereador no Rio no ano pretérito. Obteve exclusivamente 12.018 votos. O entrevero com o parlamentar do PSOL se deu no contextura de sua campanha. A denúncia ao Juízo de Moral foi feita pelo seu partido. Pois é…

O PARTIDO NOVO, A ÉTICA E O CRIME
Em material de decoro, o Novo tem oferecido muitas lições sobre o que não fazer. No dia 27 de março, o deputado Marcel Van Hatten (RS), por exemplo, afirmou o seguinte na tribuna da Câmara:

“Lula é cruel. Alexandre de Moraes é cruel. São covardes. Lula e Alexandre de Moraes são covardes. Digo mais: o que estão fazendo no STF hoje é coisa de mafioso. E não é só o Alexandre de Moraes por isso. A máfia depende de uma organização. E a organização que hoje está no STF é mafiosa…”

Eis aí um exemplo notável de decoro… A despeito da questão de natureza criminal, que não me parece coberta pela isenção parlamentar (mas o debate fica para outra hora), trata-se de uma transgressão explícita ao Código de Moral e Decoro Parlamentar da Câmara.

A sessão de ontem foi tumultuada. Glauber anunciou greve de miséria — o que sempre me parece excessivamente dramático e pouco prático — e acusou o deputado Arthur Lira (PP-AL) de recitar a cassação, o que o ex-presidente da Mansão nega, sugerindo que vai processar o psolista. Vamos ver. Em vez de permanecer sem consumir, talvez fosse mais efetivo ao deputado do PSOL revelar os entreveros anteriores com o tal Costenaro.

Por que vejo, sim, um viés puramente ideológico nessa votação? Alguns dos patriotas que se manifestaram francamente contra Glauber e que votaram em prol do relatório para cassá-lo são notórios defensores da impunidade para golpistas. Defendem, assim, a anistia para quem depreda as respectivas sedes do Supremo, do Congresso e da Presidência com o intuito de derrubar o presidente, mas acham que merece a cassação de procuração quem se desentende com um notório provocador — ainda que o parlamentar tenha ido além do suportável, sim, merecendo uma punição, mas não, evidentemente, a cassação.

A propósito: se a questão chegar a plenário para que os deputados decidam, uma vez que vocês acham que votará o deputado Gilvan da Federalista (PL-ES), por exemplo? É aquele que confessou ter relatado um projeto para desarmar os seguranças do presidente da República, apostando que, assim, aumentam as chances de ele morrer. Admitiu que atua para produzir esse resultado. Nas suas palavras:
“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um recta meu. Não vou proferir que eu vou matar o rosto, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer Lula. É por isso que ele está vivendo aí, superou o cancro… Tomara que tenha um ataque ‘cardia” [quis dizer “cardíaco]. Porque nem o diabo quis essa desgraça desse presidente, que está afundando nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo! E que andem desarmados. Não quer desarmar o cidadão de muito? Que ele ande com o seu segurança desmontado”.





Acesse a fonte

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

Sair da versão mobile