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Papa teria autorizado moradia de ex-padre culpado de afronta infantil próximo a escola

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O ex-padre James M. Ray, culpado de desmandar sexualmente de pelo menos 13 crianças, afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira (21) pelo Chicago Sun-Times que recebeu autorização para viver em um mosteiro agostiniano em Hyde Park, Chicago, em 2000. A permissão teria sido dada por Robert Francis Prevost, à estação superior provincial da ordem dos Agostinianos e atual Papa Leão XIV.

A transferência ocorreu depois que o lugar onde Ray residia foi demolido. Segundo o relato, a arquidiocese de Chicago, portanto liderada pelo cardeal Francis George, buscava abrigos religiosos capazes de amparar Ray sob vigilância, depois seu isolamento de funções públicas devido às denúncias.

Mosteiro ficava ao lado de escola e creche

O mosteiro St. John Stone Friary, para onde Ray foi enviado, ficava ao lado de uma creche e a menos de uma quadra da escola católica St. Thomas the Apostle, sem que as instituições fossem notificadas oficialmente sobre a presença de um clérigo culpado de pedofilia no lugar.

O caso gerou polêmica por conta da proximidade com crianças e pela suposta falta de informação por segmento da Igreja às comunidades escolares envolvidas.

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Ordem tenta distanciar responsabilidade do papa

Em nota, o legista Michael Airdo, que representa a ordem agostiniana, afirmou que Robert Prevost exclusivamente formalizou o guarida uma vez que hóspede, sem participar da decisão prática ou da gestão do caso. Segundo ele, o responsável direto pela supervisão teria sido o prior lugar, James Thompson, já falecido.

Mesmo assim, Ray alega que documentos da estação registram a autorização do atual papa para a mudança.

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Histórico de abusos

Ray foi ordenado em 1975 e listado pela Arquidiocese de Chicago uma vez que segmento do grupo de clérigos sob “ministério restringido com restrições” desde 1990. Ele foi formalmente removido do ministério em 2002, depois as denúncias de abusos na Igreja Católica ganharem repercussão internacional, mormente depois reportagens do Boston Globe.

Ele nega a seriedade das acusações e diz que os “toques” ocorreram em um “jovem adulto”. No entanto, documentos internos da Igreja indicam que os abusos envolveram várias crianças. Ray foi oficialmente laicizado em 2012.

“Nunca me senti esquecido por Deus”, diz ex-padre

Hoje com mais de 70 anos, Ray vive nos subúrbios de Chicago e, embora diga sentir-se “esquecido pela Igreja”, afirma manter sua fé. “Sinto uma dor no peito quando o tópico volta, mas vivo minha fé no dia a dia”, declarou ao Sun-Times. Sobre o Papa Leão XIV, afirmou nunca tê-lo divulgado pessoalmente, mas demonstrou simpatia com sua eleição, dizendo que a escolha transmitia “vibrações positivas”.



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