O calor excessivo não representa só um desconforto, ele também é um tanto que gera desdobramentos econômicos e sociais de extenso alcance. Apesar de seus impactos estarem sendo mensurados por acadêmicos, eles costumam ser negligenciados no debate público e subestimados pelos formuladores de políticas.
Com o progresso do aquecimento global, temperaturas extremas ameaçam, por exemplo, desgastar a produtividade, pressionar os custos energéticos e sobrecarregar os sistemas de saúde. A inércia diante dessa novidade verdade vai gerar um propagação mais lento, desigualdade crescente e desafios fiscais cada vez mais intensos.
A produtividade no Brasil, que já é estruturalmente baixa, é agravada pelas ondas de calor. Estudos indicam que a eficiência do trabalho declina significativamente quando a temperatura ultrapassa os 30ºC. Em setores que dependem de trabalho em ambientes de subida exposição ao calor, essa queda é ainda mais acentuada. Sob temperaturas extremas, trabalhadores enfrentam fadiga e redução cognitiva, resultando em menor produção, salários deprimidos e uma economia menos dinâmica.
Outrossim, os efeitos negativos do calor não são distribuídos de maneira democrática. As camadas mais ricas da população têm aproximação a ambientes climatizados, enquanto os mais pobres costumam tolerar as consequências do calor extremo sem nenhuma proteção. Trabalhadores informais, frequentemente expostos às intempéries, veem suas condições de trabalho se estragar. A incidência de desidratação e problemas cardiovasculares aumenta, pressionando o sistema público de saúde e reduzindo ainda mais a produtividade da força de trabalho.
O setor elétrico também é severamente impactado. O consumo de robustez dispara à medida que residências e empresas recorrem ao ar-condicionado, muitas vezes coincidindo com períodos de seca que comprometem os reservatórios hidrelétricos. A premência de ativar fontes energéticas mais caras eleva as tarifas, impulsiona a inflação e reduz a renda disponível de famílias e empresas, enfraquecendo o consumo e freando o propagação.
Nesse contexto, os recordes recentes de temperatura são exclusivamente um lembrete da relevância do tema. Em diversas cidades brasileiras, os termômetros superaram os 40ºC, afetando tanto a produtividade humana quanto a eficiência de equipamentos industriais e sistemas de infraestrutura. No transporte público, trilhos se expandem, atrasando operações ferroviárias.
Nos centros urbanos, problemas mecânicos tornam-se mais frequentes devido ao maior aquecimento das máquinas. Cidades sem infraestrutura térmica adequada, porquê arborização e soluções de resfriamento urbano, tornar-se-ão progressivamente inabitáveis.
Nesse cenário, o dispêndio da inação política diante da adaptação climática é saliente. Se o calor excessivo continuar sendo tratado porquê um tanto transitório e sem impacto estrutural, o Brasil pagará por essa escolha. Países que negligenciarem esses desafios pagarão o preço na forma de propagação anêmico, desigualdade exacerbada e qualidade de vida deteriorada. No termo, a conta de más escolhas sempre chega.
O texto é uma homenagem à música “Heat Waves?, de Dave Bayley, interpreta por Glass Animals.