O criptobololô causado por Javier Milei nesta sexta (14) —quando fez uma publicação no X/Twitter divulgando o projeto privado de investimentos no token $LIBRA, que colapsou horas depois— levou a hashtag #MileiEstafador (“estafa” é fraude ou trapaça em espanhol) ao topo dos assuntos mais comentados na Argentina ao longo de todo o término de semana, ultrapassando 1,9 milhões postagens na manhã desta segunda (17).
O token $LIBRA, do “Viva La Libertad Project”, já soma mais de 2 milhões de menções na rede social e, posteriormente a divulgação do presidente da Argentina, atingiu um pico de US$ 4.978 (R$ 28.512), quando ainda estava nas mãos de po ucos. Estes detentores originais começaram a vender com lucro de milhões e o valor do ativo despencou em seguida; a manobra é conhecida porquê “puxada de tapete”. O governo prateado anunciou que vai abrir uma investigação sobre a criptomoeda privada promovida por Milei.
Memes retratam o mandatário ultraliberal porquê “El Histrião de Wall Street” e o comparam com o personagem Michael Scott, da série “The Office”, que numa cena popular da série tenta, sem se dar conta do que está fazendo, envolver seus funcionários em um esquema de pirâmide.
Também viralizam nas redes a reação de influenciadores, mormente do mercado de criptomoedas, com o colapso.
“Eu fui pretérito pra trás pela $LIBRA”, disse @ApeMP5, em um vídeo em que, aos berros e quebrando objetos, diz estar falido e que teve que vender seu Rolex. “Eu vou te encontrar”, ele diz no vídeo já soma mais de 4 milhões de visualizações, aparentemente dirigindo-se aos desenvolvedores do “Viva La Libertad Project” e ao próprio Milei.
Em outro vídeo publicado na madrugada desta segunda (17), Ape reclama por ter tido o seu perfil no X bloqueado pelo mandatário ultraliberal. “Eu não durmo por três, quatro dias. Olhe meus olhos”, ele grita. @ApeMP5 afirma ter perdido U$ 1 milhão de dólares de investimentos.
A polêmica segue repercutindo na América Latina e internacionalmente.