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Medidas de Trump levam ‘pânico’ a milhares em países mais pobres, diz ONU
A sucursal das Nações Unidas para a puerícia, Unicef, suspendeu ou reduziu programas de atendimento no Líbano, onde mais da metade das crianças com menos de dois anos não contam com vitualhas em quantidades suficientes. “Fomos forçados a suspender, trinchar ou reduzir drasticamente muitos de nossos programas, e isso inclui programas de nutrição”, disse a representante da Unicef no Líbano, Ettie Higgins.
Na FAO, em Roma, a sucursal admitiu que programas de alimento no Afeganistão e na África já foram suspensos, depois de Trump trinchar US$ 300 milhões de seus repasses à organização. O impacto, segundo a entidade, será o aumento real da inópia e da instabilidade nessas regiões do mundo. A FAO instruiu seus funcionários a suspender programas e não fazer qualquer tipo de contratos que dependam de recursos americanos.
No Programa Mundial de Alimento da ONU (PMA), os cortes resultaram já no fechamento do escritório da sucursal na África do Sul e a redução pela metade das rações entregues aos refugiados em Bangladesh.
De convenção com a entidade, sem novos recursos, a ração mensal para cada refugiado rohingya passará de US$ 12,5 por pessoa para unicamente US$ 6,00.
“Todos os rohingyas recebem vouchers que são trocados por vitualhas de sua escolha em varejistas designados nos campos. Para manter as rações completas, o programa precisa urgentemente de US$ 15 milhões para abril e US$ 81 milhões até o final de 2025”, disse a entidade.
“A crise dos refugiados continua sendo uma das maiores e mais prolongadas do mundo”, disse Dom Scalpelli, Diretor Pátrio do PMA em Bangladesh. “Os refugiados rohingyas em Bangladesh continuam totalmente dependentes da assistência humanitária para sua sobrevivência. Qualquer redução na assistência nutrir os empurrará ainda mais para a inópia e os forçará a recorrer a medidas desesperadas unicamente para sobreviver”, alertou.