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Faz sentido perfurar um banco voltado para o consumidor cristão? – 14/04/2025 – Juliano Spyer

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A Lagoinha Church anunciou o lançamento de um banco digital para atender templos religiosos e a comunidade cristã em universal. Explico a seguir por que um evangélico trocaria o serviço bancário que já tem pelo de uma fintech religiosa.

A aposta faz sentido para igrejas grandes uma vez que a Lagoinha, que tem operações espalhadas pelo Brasil e pelo exterior. Com um banco próprio, conseguem concentrar o fluxo de dízimos, ofertas, arrecadações para campanhas e os gastos e investimentos voltados à gestão da organização.

O Clava Possante Bank S/A, da Lagoinha, quer ser o intermediário financeiro entre a igreja e seus membros —e também oferecer serviços bancários a outras denominações, pastores e fiéis.

Igrejas são empreendimentos com demandas semelhantes em termos de serviços financeiros. Em 2021, havia aproximadamente 87,5 milénio igrejas evangélicas no Brasil, representando sete em cada dez estabelecimentos religiosos formalizados. Só em 2019, foram abertos muro de 6.356 novos templos.

Um banco discreto a esse universo pode atender necessidades que outras instituições não enxergam. Por exemplo, muitos pastores de igrejas independentes de bairro não contribuem com o INSS porque suas receitas são baixas. Esses são potenciais interessados em planos privados de aposentadoria.

Aliás, igrejas funcionam uma vez que hubs de negócios. Um interlocutor me contou que a Lagoinha em Alphaville se tornou um ponto de networking entre empresários. Já em bairros pobres, a comunidade costuma dar preferência a serviços e produtos de irmãos na fé. Nesses casos, pastores às vezes avalizam membros sem entrada a banco para que eles possam fazer compras e trabalhar.

E se esse pastor, dentro desse envolvente de maior crédito mútua, for o intermediário de uma traço de crédito? Para quem tem fé, é mais grave dar calote na igreja do que no banco. Por outro lado, uma vez que problemas entre cliente e banco —um leal que tem o pedido de crédito rejeitado— interferirão na relação do membro com a igreja?

O nome da fintech e seu slogan —”Investindo no horizonte, fortalecendo o Reino”— indentificam o Clava Possante uma vez que uma instituição cristã. Esse posicionamento lembra a notícia recente da Bloomberg sobre fundos de investimento nos EUA mantidos por cristãos que financiam empresas alinhadas ao conservadorismo.

Em 2017, o banco Santander cancelou a exposição “QueerMuseum – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” depois protestos nas redes sociais e ameaças de boicote. Um banco cristão pode surgir uma vez que selecção para clientes que se incomodam com esse tipo de atuação.

O Banco do Vaticano mostra que não é novidade a associação entre religião e finanças. A Igreja Universal tem o Digimais uma vez que seu braço financeiro.

Se os evangélicos já têm suas editoras, gravadoras, escolas e partidos, por que não teriam também o seu banco?

Com 80 milhões de crentes no Brasil, a pergunta, talvez, não seja se faz sentido, mas se há uma vez que evitar esse movimento.


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