Mistérios
Expedição tenta resolver mistério de Amelia Earhart posteriormente 88 anos
O mistério sobre o desaparecimento de Amelia Earhart pode estar mais perto de ser resolvido. Uma novidade expedição, com partida marcada para novembro, promete investigar uma pista inédita sobre o paradeiro da aviadora, que desapareceu há exatos 88 anos. A missão, financiada pela Universidade Purdue — onde Earhart lecionou antes de tentar a circum-navegação do mundo —, vai explorar a remota ilhéu de Nikumaroro, no Pacífico Sul.
A expectativa é encontrar sobras do avião Lockheed Electra 10E, usado por Earhart na fatídica viagem de 1937. A investigação foi motivada por uma imagem de satélite feita em 2015 que mostra um objeto parcialmente enterrado na areia, com formato e tamanho semelhantes aos da avião. Para os organizadores, essa pode ser a melhor chance em décadas de finalmente fechar o caso.
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“A localização bate com coordenadas próximas à rota final de Amelia e com os pontos de onde teriam sido feitas transmissões de rádio de emergência”, afirma Richard Pettigrew, líder da missão.
A equipe vai velejar até a ilhéu, em Kiribati, e terá murado de cinco dias para investigar o lugar, usando equipamentos modernos para tentar identificar se o objeto de traje corresponde à avião desaparecida. Ao todo, o projeto contará com investimento de meio milhão de dólares da Instalação de Pesquisa Purdue.
Além da imagem recente, a equipe cita descobertas anteriores em Nikumaroro, uma vez que ferramentas com características americanas e um frasco de vidro que pode ter sido usado por Earhart. Esses indícios sustentam a hipótese de que ela e o navegador Fred Noonan teriam sobrevivido por qualquer tempo no lugar.
Mas a novidade missão não está livre de críticas. Ric Gillespie, diretor do grupo TIGHAR, que já liderou mais de dez expedições à mesma ilhéu, desconfia da novidade pista. “Pode ser só um coqueiro virado ou vegetação solta depois de uma tempestade”, avaliou.
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Apesar do ceticismo, o novo esforço representa uma das tentativas mais promissoras das últimas décadas. Se os destroços forem mesmo identificados, o encontrado pode fechar um dos maiores enigmas da aviação e prestar uma homenagem definitiva ao legado de Amelia Earhart.