Documentos revelam ação dos EUA nos bastidores do Vaticano contra esquerda

Em 23 de maio de 1981, o turco Ali Agca deu dois tiros no pontífice – um dos quais atingiu seu abdômen – enquanto ele cruzava a terreiro de São Pedro em carruagem sincero. Uma das teses era de que ele agia em nome do serviço secreto búlgaro, bem por Moscou.

Num informe da CIA de dezembro de 1984, os espiões americanos apontavam para o gesto dos soviéticos em tentar frear a pressão contra seus aliados búlgaros.

“Moscou participou ativamente da assistência a Sofia”, disse. “Em dezembro de 1982, o encarregado soviético em Roma ameaçou oficialmente gelificar os contatos bilaterais de cima nível se a campanha italiana continuasse. Ao mesmo tempo, o encarregado soviético em Washington emitiu um protesto excepcionalmente duro, alegando que as alegações faziam secção de uma campanha caluniosa dos EUA contra a Bulgária e a URSS”, destacou.

“De concordância com a Embaixada dos EUA em Paris, Moscou aparentemente também contou com o esteio do Partido Comunista Galicismo para recompensar a publicidade internacional negativa. Em ataques separados, mas coordenados, no final de 1982, o Partido Comunista Galicismo e a Embaixada Soviética em Paris criticaram duramente a mídia francesa por “caluniar” a URSS e seus aliados”, destacou

Segundo o informe da CIA, a “KGB aparentemente também usou medidas ativas para ajudar seu coligado”. “Por exemplo, em meados de 1983, uma revista italiana de esquerda publicou dois telegramas forjados da Embaixada dos EUA — semelhantes em padrão a outras falsificações da KGB”. Neles, seria revelada uma suposta “operação” dos EUA para implicar os búlgaros ao ataque contra o papa.

Num julgamento, em 1986, os promotores tentaram provar, sem sucesso, que Agca teria sido contratado pelo serviço secreto búlgaro a mando da União Soviética. O julgamento da chamada “conexão búlgara” acabou com a remissão de três turcos e três búlgaros acusados de intrigar com Agca.