O ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu ir à primeira sessão do Supremo Tribunal Federalista (STF) para mostrar que não tem temor do veredicto da Namoro sobre os crimes dos quais é criminado —entre eles, o de liderar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado no país.
Uma vez que a poste revelou, nem todos os apoiadores do ex-presidente concordaram com a iniciativa. Para estes, o ex-presidente acabou também politizando um julgamento que acusa repetidamente de ser político.
Aliados de Bolsonaro que defendem o que ele fez admitem que o ex-presidente acabou atraindo ainda mais holofotes para o julgamento, que o PL, seu partido, por exemplo, tenta ignorar.
Esse grupo, no entanto, defende o ato, afirmando que era necessário provar disposição de enfrentamento. O que não significaria repto ao tribunal.
Um deles afirma que Bolsonaro mostrou deferência e saudação à Namoro, permanecendo o tempo todo praticamente embatucado. Mas mostrou que “não teme zero”, nas palavras de um coligado.
Cumprindo essa lanço, ele agora vai se proteger publicamente.
O ex-presidente deve conceder uma entrevista coletiva depois da sessão do STF desta quarta (26). Os próprios advogados dele acreditam que os magistrados vão concordar a denúncia apresentada contra Bolsonaro pela Procuradoria-Universal da República _o que vai transformá-lo em réu.