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Argentina identifica 28 membros do PCC e reforça combate à partido brasileira
O governo da Argentina identificou 28 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) atuando em seu território e anunciou, nesta terça-feira (5), o reforço das ações de perceptibilidade e segurança para evitar a consolidação da partido criminosa brasileira no país. A informação foi confirmada pelo general Pascual Mario Bellizzi, novo diretor do Departamento Federalista de Investigações da Polícia Federalista Argentina.
Segundo Bellizzi, o objetivo é impedir que o PCC forme alianças com grupos criminosos locais e estabeleça uma base operacional na Argentina. “Vamos fazer todos os esforços para que realmente não possam trabalhar no país e se associar com organizações criminosas nacionais de menor porte”, afirmou.
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Das 28 pessoas identificadas com vínculos à partido, oito estão presas, enquanto as demais respondem a processos de extradição, expulsão ou seguem sob investigação. As autoridades argentinas também alertaram para a presença de rituais típicos do PCC em presídios do país, uma vez que cerimônias de iniciação e batismos com número de identificação — práticas semelhantes às observadas nas penitenciárias brasileiras.
O alerta sobre a atuação do grupo se intensificou posteriormente a prisão de Fábio Rosa Roble, o “Fábio Nóia”, em Buenos Aires, na semana passada. Ele é indigitado uma vez que uma das lideranças do delito organizado no Rio Grande do Sul e era procurado pela Interpol desde que rompeu a tornozeleira eletrônica, em 2023.
De convenção com o representante João Paulo Abreu, diretor do Deic-RS, Fábio Nóia ocupava papel estratégico na logística de envio de drogas para o Brasil. A tomada dele foi resultado de uma operação conjunta entre as polícias brasileira e argentina.