Conecte-se conosco

Esporte

‘Você não está velha aos 62’: empoderamento ou etarismo estrutural?

Published

on



Ao expor que alguém “não está velha” aos 62, não estamos sugerindo que ser velha é alguma coisa ruim, a ser evitado? Que só é digna de assombro quem ainda não “parece velha”, está em ótima forma física, com rugas atenuadas —uma vez que se vetustez fosse uma falta, não uma temporada legítima da vida?

Uma vez que diz a escritora e ativista Ashton Applewhite, referência global no combate ao etarismo:

“Velho não é uma termo ruim. O que é ruim é o preconceito contra quem é velho”.

Nessa lógica, mulheres são incentivadas a lutar contra o tempo —tentando manter semblante, pujança e comportamento jovens para sempre. Mas a consequência é uma autoestima baseada na negação, que gera ansiedade, consumo excessivo de cosméticos, procedimentos e culpa. Ou seja, no final, a gente não estaria criando um novo padrão para o que é ser “velho”?

Finalmente, quem é velha?

Em São Paulo, onde o vídeo foi gravado, a expectativa de vida varia enormemente. No bairro de Anhanguera, a média de vida é 58 anos, de congraçamento com um estudo da Rede Nossa São Paulo, chamado “Planta da Desigualdade”.



Acesse a fonte

Continue lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Chat Icon