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Você ainda está tentando empuxar a porta certa do jeito falso? – 26/03/2025 – De Grão em Grão

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Você já viu alguém tentar empuxar uma porta com o aviso simples de “puxe”? Por mais força e boa vontade que se tenha, o resultado é sempre o mesmo: frustração. Esse pequeno gesto resume muito o comportamento de muitos investidores. Colocam pujança e tempo tentando prever a próxima decisão do Banco Meão, a movimentação do dólar ou o desempenho da Bolsa, quando deveriam focar naquilo que realmente podem controlar.

É curioso porquê o que não controlamos costuma atrair mais nossa atenção. O problema é que essa pujança gasta olhando para o que está fora do alcance rouba o tempo e o foco que deveríamos destinar ao que está muito ao nosso alcance.

A base de qualquer planejamento financeiro está na poupança recorrente. É o ato simples e provocador de gastar menos do que se ganha. A disciplina de reservar uma segmento da renda mensal vale mais do que qualquer retorno insólito. Quem poupa com perseverança constrói mais do que quem tenta pressupor o melhor momento para investir.

Outro ponto totalmente controlável é a distribuição dos investimentos, também chamada de alocação de ativos. Não dá para prever se a Bolsa vai subir ou desabar, mas dá para escolher porquê partilhar o patrimônio entre renda fixa, variável e liquidez, de concórdia com seus objetivos e tolerância a riscos. Essa escolha, feita com critério, costuma ser mais determinante para o sucesso da carteira do que qualquer “dica quente” do mercado.

A preparação para a aposentadoria é um dos maiores atos de autonomia financeira. A decisão de edificar um patrimônio para ter uma renda futura está nas suas mãos. Poupar e investir pensando no longo prazo é o que separa quem dependerá da sorte daqueles que terão liberdade de escolha no horizonte.

A sucessão patrimonial é outro exemplo clássico. Ignorar esse tema muitas vezes gera conflitos familiares e perdas financeiras evitáveis. Com um bom planejamento, é provável sentenciar hoje porquê o patrimônio será transferido, com economia, transparência e tranquilidade para quem fica.

E, simples, proteger-se contra imprevistos é segmento do que está sob o nosso controle. Ter seguros adequados e uma suplente de emergência muito dimensionada é o que transforma grandes sustos em pequenos desvios. Doenças, acidentes ou crises econômicas não podem ser evitados, mas seus impactos podem ser atenuados por quem se planeja.

Focar no que está sob seu controle é mais do que uma prelecção financeira, é uma forma de viver com menos sofreguidão e mais transparência. Enquanto muitos tentam empuxar a porta errada, quem entende o mecanismo foca na maçaneta certa e segue em frente.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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