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Saúde

Surto de vírus Marburg na Tanzânia preocupa OMS; entenda doença

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No início da semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou a seus Estados-membros sobre um verosímil surto de infecção pelo vírus Marburg na região de Kagera, na Tanzânia. No dia 10 de janeiro, os primeiros casos suspeitos da doença no país foram reportados à entidade – seis pessoas infectadas, sendo que cinco delas morreram.

“Todos os casos apresentavam sintomas semelhantes, incluindo dor de cabeça, febre subida, dores nas costas, diarreia, hematêmese (vômitos com sangue), mal-estar (fraqueza corporal) e, numa temporada mais avançada da doença, hemorragia externa (sangramento pelos orifícios)”, destacou a OMS em nota.

No dia seguinte, nove casos suspeitos já haviam sido contabilizados em pelo menos dois distritos, Biharamulo e Muleba, incluindo oito mortes – uma taxa de mortandade de 89%. Amostras de dois pacientes foram coletadas e restadas pelo Laboratório Pátrio de Saúde Pública do país e os resultados seguem pendentes.

“Pessoas próximas, incluindo profissionais de saúde, foram identificados e estão sendo monitorados em ambos os distritos”, acrescentou a OMS. O região de Bukoba, também na Tanzânia, já havia registrado um surto de infecção pelo vírus Marburg em março de 2023 que durou dois meses, totalizando nove casos e seis mortes.

A entidade define a doença de Marburg uma vez que altamente virulenta e com taxa de mortalidade elevada, dependendo da cepa e do gerenciamento de casos. Pertencente à mesma família do Ebola, o vírus provoca sintomas que começam de forma abrupta, incluindo febre subida, dor de cabeça e poderoso mal-estar. Muitos pacientes desenvolvem sintomas hemorrágicos graves em poucos dias.

>> Confira as principais perguntas e respostas sobre o Marburg (informações da OMS e do Meio de Controle e Prevenção de Doenças no Continente Africano – Africa CDC, na {sigla} em inglês):

O que é a doença do vírus Marburg?

É classificada uma vez que uma enfermidade grave e, muitas vezes, infalível, causada pelo vírus Marburg. A infecção leva a um quadro de febre hemorrágica viral grave em humanos, caracterizada por febre, dor de cabeça severa, dor nas costas, dores musculares intensas, dor abdominal, vômito, confusão mental, diarreia e, em estágios muito avançados, sangramentos.

A doença foi identificada pela primeira vez no município de Marburg, na Alemanha, em 1967. Desde portanto, há um número restringido de surtos, notificados em Angola, na República Democrática do Congo, no Quênia, na África do Sul, na Uganda e, agora, em Ruanda.

Em 2023, foram identificados dois surtos distintos de Marburg em dois países: Guiné Equatorial e Tanzânia. De pacto com a OMS, a doença figura uma vez que uma grave prenúncio à saúde pública em razão de sua elevada taxa de mortalidade, além da falta de um tratamento antiviral ou mesmo de uma vacina capaz de sustar a disseminação do vírus.

Porquê é a infecção pelo vírus?

Inicialmente, seres humanos podem ser infectados ao entrarem em contato com morcegos Rousettus, um tipo de morcego frugívoro (que se alimenta de frutas) frequentemente encontrado em minas e cavernas. Já a transmissão de pessoa para pessoa acontece principalmente por meio do contato com fluidos corporais de pessoas infectadas, incluindo sangue, fezes, vômito, seiva, urina, suor, leite materno, sêmen e fluidos da gravidez.

A infecção também ocorre por meio do contato com superfícies e materiais contaminados com esses fluidos corporais. A doença não se espalha pelo ar.

A OMS alerta que o vírus, muitas vezes, se espalha de um membro da família para outro ou ainda de um paciente para um profissional de saúde que não utilize equipamentos de proteção adequados.

Pessoas infectadas permanecem transmitindo o Marburg enquanto houver fardo viral no sangue, o que significa que os pacientes devem receber tratamento em unidades de saúde específicas e esperar que testes laboratoriais confirmem o momento de retornar ao convívio em segurança.

Quais os sinais e sintomas?

Os primeiros sintomas podem surgir logo posteriormente a infecção e incluem febre subida, calafrios, dor de cabeça intensa e cansaço intenso. Dores musculares também são sintomas iniciais comuns.

O quadro tende a se aumentar com o passar do tempo, quando aparecem náuseas, vômitos, dores de estômago e/ou no peito, erupções cutâneas e diarreia, que podem insistir tapume de uma semana.

Nas fases tardias da doença, é generalidade ocorrer sangramento em diversos locais do corpo, uma vez que gengivas, nariz e ânus. Os pacientes podem tolerar choque, delírio e falência de órgãos.

De pacto com a OMS, os sintomas de infecção por Marburg mais relatados são:

* febre;

* dor nas costas;

* dor muscular;

* dor de estômago;

* perda de gosto;

* vômito;

* letargia;

* irritação na pele;

* dificuldade em engolir;

* dor de cabeça;

* diarreia;

* soluço;

* dificuldade para respirar.

Qual o pausa de tempo até que os sintomas comecem a manar?

A janela de tempo entre a infecção por Marburg e o início dos sintomas varia de dois a 21 dias. Alguns pacientes apresentam sangramento entre cinco e sete dias sendo que a maioria dos casos fatais geralmente apresenta qualquer tipo de sangramento – geralmente, em múltiplas áreas do corpo. Quadros de sangue no vômito e/ou nas fezes, por exemplo, costumam ser acompanhados de sangramentos no nariz, nas gengivas e na vagina.

“A morte pode ocorrer rapidamente e, geralmente, é causada por sepse viral, falência múltipla de órgãos e sangramento”, alerta a OMS.

Os vírus Marburg e Ebola provocam a mesma doença?

A OMS classifica as duas infecções uma vez que raras e semelhantes, mas causadas por vírus distintos, ambos membros da família dos filovírus e com capacidade de fomentar surtos com altas taxas de mortalidade.

A doença de Marburg pode ser confundida com outros quadros infecciosos uma vez que ebola, malária, febre tifoide e dengue, em razão da semelhança dos sintomas.

Por esse motivo, somente a testagem realizada em laboratório, utilizando amostras de sangue, tecido ou outros fluidos corporais do paciente, pode confirmar a infecção.

O que fazer em caso de sintomas de Marburg?

Se você ou alguém próximo a você apresentar sintomas semelhantes aos da infecção por Marburg, a orientação da OMS é entrar em contato com um profissional de saúde lugar para obter conselhos atualizados e precisos.

Em casos em que há resultado de teste positivo para a infecção, o atendimento precoce em um núcleo de tratamento específico é considerado forçoso, além de aumentar as chances de sobrevivência.

Não existe tratamento específico para a doença. Entretanto, no intuito de maximizar as chances de recuperação e ampliar a segurança de pessoas próximas, todos os pacientes devem receber cuidados e permanecer em um núcleo de tratamento eleito para esse tipo de caso até que sejam autorizados a transpor. A OMS não recomenda o tratamento em lar.

“Se você ou um ente querido testar negativo para doença de Marburg, mas ainda apresentar sintomas compatíveis, permaneça vigilante até que eles desapareçam e até que você seja liberado pelo seu médico”, destacou a organização.

“Siga sempre os conselhos dos profissionais de saúde, já que podem ser necessárias análises laboratoriais adicionais em casos de resultado laboratorial negativo mas com paciente sintomático”.

Porquê proteger do vírus?

A melhor forma de prevenir a infecção por Marburg é evitar o contato com indivíduos ou animais infectados e praticar uma boa higiene, além de seguir outras medidas possivelmente recomendadas por governos e autoridades sanitárias locais.

Caso você more ou esteja viajando para áreas onde foi relatada a presença do vírus – ainda que não apresente sintomas e que não tenha entrado em contato com um paciente infectado –, a orientação é seguir medidas preventivas uma vez que:

* procurar atendimento caso surjam sinais da infecção;

* lavar as mãos regularmente com sabão ou com solução para esfregar as mãos à base de álcool;

* evitar contato com fluidos corporais de pessoas com sintomas de infecção por Marburg, além de evitar o manejo do corpo de alguém que faleceu com sintomas da doença;

* ao parar em pontos de controle sanitários oficiais, aderir a quaisquer medidas preventivas em vigor, incluindo a triagem de temperatura e o preenchimento de formulários de enunciação de saúde.

Tem tratamento da doença?

Atualmente, não há tratamento disponível para pacientes diagnosticados com o vírus. Por isso, a OMS considera forçoso que pessoas que apresentem sintomas semelhantes procurem atendimento precoce.

Cuidados de suporte, incluindo o fornecimento de hidratação adequada, o controle da dor e de outros sintomas que possam surgir deve ser feito por profissionais de saúde e é considerado a forma mais segura e eficiente de gerir a infecção.

O tratamento de coinfecções, uma vez que por malária, doença bastante generalidade no continente africano, também é definido uma vez que crucial para os cuidados de suporte contra o Marburg.

Segundo a OMS, terapias em temporada de teste e ainda não aprovadas para o tratamento da infecção foram priorizadas para avaliação da entidade por meio de ensaios clínicos randomizados.

Existem vacinas?

Até o momento, não existem vacinas aprovadas para prevenir a infecção pelo vírus Marburg. Há, entretanto, algumas doses atualmente em processo de desenvolvimento. “A OMS identificou a doença de Marburg uma vez que uma doença de subida prioridade para a qual se faz urgentemente necessária uma vacina”, informa a OMS.



Acesse a fonte: Agência Brasil

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