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Seus Amigos e Vizinhos: nem Jon Hamm salva série da Apple – 24/04/2025 – Luciana Coelho

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Cai na plataforma da Apple TV+ nesta sexta (25) o quarto incidente de “Seus Amigos e Vizinhos”, série estrelada por Jon Hamm (“Mad Men”) e Amanda Peet (“Atração Fatal”) com boa premissa: um rostro rico (Hamm) perde o ofício e, para manter o padrão de vida, começa a roubar os personagens do título.

O que parece promissor afunda com personagens vazios e desinteressantes. Não estamos falando dos ricos problemáticos de “The White Lotus” nem dos atormentados de “The Undoing“, tampouco dos que passeiam por paisagens exuberantes cometendo crimes cheios de suspense, uma vez que “Ripley”. É só gente fútil e duplamente chata: entediante e rasa/plana.

O personagem de Hamm, o cínico Andrew “Coop” Cooper, ainda oferece qualquer humor social à la “White Lotus”. Nem com todo o carisma do ator, porém, dá para empatizar com o protagonista, um gestor de fundos de ações que tem o tapete puxado pelo patrão, é indiciado de violação moral depois uma noite com uma colega e acaba queimado no mercado.

Em nenhum momento Coop pensa em mudar de extensão, montar o próprio negócio ou diminuir gastos.

Continua a remunerar as contas da ex-mulher (Peet), que o trocou por seu melhor camarada (Mark Tallman), um sujeito sedativo que tem uma rede de academias; mantém os filhos, personagens com a dificuldade de uma sacola vazia, na escola rostro. E a Maserati que ele dirige permanece na garagem, assim uma vez que não se abalam seus hábitos sociais caros. É um padrão de vida no qual dedetizar uma mansão pode custar US$ 10 milénio, difícil até de imaginar.

Mais inverossímil ainda é todo esse esforço para continuar a frequentar eventos de um grupo de amigos chatíssimos, cujas preocupações revolvem em torno de reformas, planejamento de festas e anedotas conjugais. Nem sua seminamorada (Olivia Munn, de “The Newsroom”) escapa do tédio.

No meio de tanta gente fútil e enxurro de posses, Coop descobre que roubar um relógio ali, uma joia lá e uma garrafa de vinho vasqueiro além pode ser suficiente para bancar suas contas sem nem sequer que os donos notem a falta dos pertences.

Ele logo descobre que repassar produtos de furtos é mais difícil do que passar incólume pela polícia ou por suas vítimas (finalmente, uma vez que ele diz, um varão branco, muito vestido em um sege custoso dificilmente atrairá suspeitas). E é nessa transição da corretagem de ações para o repasse de peças roubadas que vem a constatação: nem sua lábia nem seus ternos caros contam pontos com os novos parceiros.

A espécie de “odd couple” formada com sua receptadora, a escolada Lu (Randy Danson), rende os melhores momentos da série. Infelizmente o fundador de “Seus Amigos e Vizinhos”, Jonathan Tropper, preferiu dar mais tempo de tela para os ricos caricatos.

Paradoxalmente, o resultado é uma produção vistosa e muito cuidada dos quais estofo não prende o testemunha por mais de dois episódios (são nove ao todo). Típico caso de que teria sido melhor resolver tudo em um filme de 90 minutos, um tanto que os estúdios parecem ter esquecido que existe.

Duas ressalvas elogiosas para além do carisma de Hamm: (1) a trilha sonora é deliciosa; (2) a lisura da série, na qual o ator vai passando por cenários e objetos que simbolizam status e esses vão explodindo ou se desmontando, merece aplausos. É pouco.

A primeira temporada de “Seus Amigos e Vizinhos” tem três episódios no ar pela Apple TV+; os próximos seis serão disponibilizados semanalmente às sextas


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