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Seu preconização não paga minhas contas – 03/02/2025 – Natalia Beauty

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Eu já fui refém das opiniões dos outros. Já me encolhi para parecer menos arrogante diante de um preconização. Já me destruí para caber nas críticas que diziam que eu era demais. Vivi o suficiente para entender que nem o “você é incrível” e nem o “você é um fracasso” diziam realmente um pouco sobre mim. E por muito tempo, fui escrava dessas vozes.

Se alguém me exaltava, eu crescia. Se alguém me diminuía, eu me despedaçava. Um controle remoto humano, programado para reagir à validação externa. Mas um dia, eu me perguntei: quem sou eu, sem a urgência da aprovação dos outros?

O que ninguém te conta é que elogios podem ser tão perigosos quanto críticas. Porque quando você se acostuma a depender do “nossa, porquê você é talentosa!”, a primeira vez que alguém não diz isso, você se sente um lixo. Você passa a precisar do ovação, a mendigar reconhecimento, e a sua identidade vira um revérbero do que os outros dizem que você é. E quando você acredita na sátira venenosa de um goro qualquer, esquece que um glosa negativo diz mais sobre quem fala do que sobre quem ouve.

E se eu te disser que zero disso realmente importa?

A verdade é que, enquanto eu dava atenção demais para as opiniões alheias, minha vida continuava andando —e muitas vezes—, na direção errada. Eu abria espaço para a instabilidade, deixava a incerteza me desgastar e, pior, permitia que os medos dos outros moldassem as minhas decisões. Até que um dia, eu cansei.

Cansei de viver à serviço do julgamento. Cansei de ter que corresponder às expectativas de quem nunca viveu um dia no meu lugar. Cansei de ser uma marionete das palavras dos outros.

Foi quando percebi que a opinião alheia é porquê o vento: muda de direção o tempo todo. Hoje te aplaudem, amanhã te esquecem. Hoje te atacam, amanhã fingem que nunca te criticaram. Se eu fosse depender disso para me reconhecer, nunca teria chegado onde estou.

Entendi que a opinião dos outros não é a minha verdade. Um preconização diz o que a pessoa valoriza, não quem eu sou. Uma sátira fala sobre as frustrações dela, não sobre as minhas falhas. Ambos são unicamente espelhos distorcidos, e eu não sou obrigada a me enxergar em nenhum deles.

O que me define não são os aplausos que recebo nem as pedras que me jogam. O que me define é a minha história, o que eu construí, o que eu venci e o que ainda vou invadir. Eu sou incrível não porque alguém me disse que sou, mas porque eu sei o que passei para estar cá.

E eu não sou um fracasso porque alguém decidiu me testilhar. Eu sou resiliente, sou determinada e sou imparável. Eu aprendi a crescer sem precisar ser validada. E aprendi a me fortalecer sem me destruir por uma sátira.

Se você está vivendo à mercê do que os outros dizem sobre você, pare agora. Nem a surpresa te define, nem o ódio te limita. Você não é o que falam. Você é o que constrói, o que insiste, o que supera.

Logo, da próxima vez que alguém tentar te colocar num pedestal ou te enterrar numa cova, unicamente sorria e siga andando. Porque elogios e críticas passam. Mas quem você é, isso ninguém tira de você.


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