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Setentrião-americanos decifram último esfinge da estátua Kryptos na sede da CIA

Dois cidadãos dos Estados Unidos, Jarett Kobek e Richard Byrne, conseguiram interpretar o último código criptografado da estátua Kryptos, uma das obras mais enigmáticas do mundo. A peça, instalada na sede da CIA, na Virgínia, foi criada em 1990 pelo artista Jim Sanborn, que hoje tem 80 anos. A revelação foi feita em outubro, em seguida anos de mistério envolvendo o trecho final do código, divulgado uma vez que K4.
A estátua contém quatro mensagens codificadas (K1, K2, K3 e K4), das quais as três primeiras já haviam sido resolvidas por especialistas ao longo dos anos. O K4, no entanto, permanecia um duelo. Kobek e Byrne conseguiram solucioná-lo ao examinar documentos do Instituto Smithsonian, em Washington, onde encontraram registros da obra. Byrne fotografou os arquivos, e, com base em pistas previamente divulgadas por Sanborn, Kobek conseguiu interpretar a mensagem.
Apesar da conquista, o estatuário não reagiu positivamente. Em agosto, Sanborn havia anunciado que colocaria à venda a solução do K4 em um leilão, alegando não ter mais condições físicas, mentais ou financeiras para manter o sigilo. A revelação dos jornalistas gerou preocupação de que a divulgação pudesse desvalorizar o leilão, cujos lances já se aproximam de US$ 240 milénio (muro de R$ 1,2 milhão) e seguem abertos até quinta-feira, 20 de novembro.
Posteriormente serem informados da invenção, Sanborn propôs aos jornalistas um concórdia de confidencialidade e uma secção dos lucros do leilão, mas ambos recusaram. Kobek afirmou que admitir o quantia seria o mesmo que participar de uma fraude, já que a venda se baseia na exclusividade do teor. A dupla optou por tornar pública a invenção em um item no jornal New York Times, embora não tenham revelado a mensagem decifrada, em saudação ao artista.
Mesmo com o código desvendado, o leilão segue ativo. Sanborn também planeja gerar um novo esfinge semelhante ao Kryptos, batizado de K5.