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Esporte

Sebastian Coe está perto da presidência do COI – 14/03/2025 – Marina Izidro

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É uma imagem emblemática para o esporte brasílio em Jogos Olímpicos. Los Angeles, 1984, final dos 800 m rasos. Joaquim Cruz, com um incrível sprint, conquista o ouro. Detrás dele, em segundo, ficou um britânico chamado Sebastian Coe.

Mais de 40 anos depois daquele dia de verão californiano, Coe está na reta final de outra disputa: para o função mais desejado do esporte, a presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI).

A eleição para escolher o substituto do germânico Thomas Bach será em 20 de março. São sete candidatos. Coe parece ter tomado a frente nos últimos dias. Vem participando de uma maratona de entrevistas para jornais e TVs e, em toda oportunidade, lista sua experiência porquê desportista e gestor. O currículo de indumento é muito completo, assim porquê a poderosa engrenagem de marketing de sua candidatura. É vencedor olímpico, liderou o Comitê Organizador dos Jogos de Londres de 2012, é atual presidente da World Athletics, federação internacional do esporte.


Coe é eficiente ao rodear por diferentes meios. A World Athletics liderou o deportação aos russos em Olimpíadas, tarifa popular na mídia europeia. E ele sabe mourejar com jornalistas. Inteligente, articulado, porquê bom inglês, não levanta a voz (ao menos em público), fazendo jus ao título de “lorde” facultado pela rainha Elizabeth 2ª. Além de narrar com a simpatia da prelo daqui por ser britânico.

Tem espeque de atletas por ser o primeiro dirigente de federação internacional a dar premiação em numerário para campeões olímpicos do seu esporte, em Paris-2024. Passa crédito ao público ao falar claramente sobre um matéria espinhoso: que receberia uma candidatura da Arábia Saudita para sediar os Jogos de 2040. Não vê problema em organizar o evento no outono europeu por desculpa do calor caso os sauditas fossem vitoriosos: “Com o aquecimento global, até 2040 teremos ajustado o calendário de qualquer forma”.


Mostra jogo de cintura político ao expor que vai trabalhar ao lado de Donald Trump até Los Angeles-2028. E pode, quem sabe, conseguir suporte de integrantes do COI ao querer fortalecer a entidade, puxando para si a responsabilidade sobre a participação de atletas transgêneros em competições femininas.

Atualmente, as federações internacionais decidem sobre elegibilidade de gênero. Coe se declara “em resguardo das mulheres”.

Pelas regras da World Athletics, quem passou pela puberdade masculina está barrado da categoria feminina em eventos internacionais. Estudos científicos revelaram que mulheres trans têm vantagem competitiva no atletismo em força, resistência, potência e capacidade pulmonar mesmo com medicações para diminuir níveis de testosterona.

Polêmicas em torno do tema têm gerado uma imagem negativa para o movimento olímpico. Arrisco expor que, em breve, atletas transgêneros estarão proibidos de disputar os Jogos (mas isso é matéria para outra pilastra).

Outros dois candidatos podem vencer: Juan Samaranch Jr. e a campeã olímpica de natação Kirsty Coventry, preferida de Bach, mas preterida por alguns por ser a mais jovem, 41 anos, e mulher.

É simples que uma eleição secreta, decidida pelos membros do COI, é imprevisível. Mas Coe tem calculado cada passo para, desta vez, terminar em primeiro nesta disputa.


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