Roubo de hóstias e pregão de missa negra levam Igreja a processar grupo satanista nos EUA

Um inusitado embate judicial entre a Igreja Católica e um grupo satanista do estado do Kansas, nos Estados Unidos, veio à tona nesta semana, posteriormente o roubo de elementos sagrados da Eucaristia. A Arquidiocese de Kansas City ingressou com uma ação social no Tribunal Distrital do Condado de Leavenworth para reaver hóstias e vinho consagrados que, segundo a arguição, estariam em posse de integrantes da chamada The Grotto Society, também conhecida porquê The Satanic Grotto.

O processo, protocolado pelo clérigo Joseph F. Naumann em 14 de março, aponta que os objetos foram furtados e estariam sendo preparados para uso em uma cerimônia de “profanação”, prevista para ocorrer em 28 de março, durante um evento público na cidade de Topeka. A ação cita diretamente dois membros da organização: Michael T. Stewart, que também se identifica porquê Simon Satanas, e Travis L. Roberts, apontados porquê líderes do grupo.

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Segundo documentos do processo, Stewart teria confirmado em uma relação telefônica a posse de pelo menos uma hóstia consagrada, e declarou em redes sociais que os itens seriam usados numa missa negra com o objetivo enunciado de desafiar símbolos religiosos e associar o ritual ao prédio do Capitólio estadual. Em uma das postagens, ele escreveu que a cerimônia marcaria o “amplexo do Kansas pelas chamas negras de Lúcifer”.

O teor da petição, que cita publicações do próprio grupo, afirma que o evento tem caráter provocativo e procura propositadamente ultrajar os elementos mais sagrados da fé católica. A Igreja argumenta que o roubo e o uso indevido da Eucaristia ferem diretamente os direitos religiosos da comunidade católica e violam o reverência à liberdade de doutrinado.

Embora o grupo satanista ainda não tenha respondido publicamente ao processo, a polêmica reacende o debate sobre os limites da liberdade de frase e de religião nos Estados Unidos, principalmente quando crenças opostas entram em conflito ingénuo.

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Para os católicos, o pão e o vinho consagrados durante a missa não são unicamente símbolos: a teoria ensina que, posteriormente a glorificação, esses elementos passam a sustar a presença real de Jesus Cristo. Por isso, sua guarda, reverência e uso litúrgico obedecem a normas rigorosas. A Eucaristia, segundo o Catecismo da Igreja Católica, é considerada o meio da vida cristã, representando sociedade direta com o divino.

O caso segue em tramitação na Justiça americana, enquanto a Arquidiocese procura restabelecer os objetos e impedir que sejam utilizados em atos considerados, para os fiéis, de profunda profanação.