Esporte
Romário e Raphinha dão lição ocasião sobre masculinidade tóxica

Minha amiga Alicia Klein já escreveu uma excelente coluna sobre o tema do diálogo cometido entre Raphinha e Romário. Leiam sem falta, até porque não vou repetir o que ela disse já que concordo com tudo.
Queria unicamente lembrar que palavras importam e que toda violência é precedida do verbo. Quando, na véspera de um jogo entre Argentina e Brasil, Romário pergunta se Raphinha vai dar porrada neles (nos argentinos) e Raphinha diz “porrada neles, sem incerteza. No campo e fora do campo se tiver que ser” estamos diante de uma lição.
A lição começa com a validação da masculinidade entre os dois. Romário quer saber se pode validar Raphinha e Raphinha deixa evidente que merece essa validação. Porrada neles. Qualquer resposta que tire a violência de seu teor seria equivocada se a teoria é se provar másculo para o interlocutor que é, para a classe de jogadores, um exemplo de varão.