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Quotidiano escrito em papel higiênico revela rotina de recluso político na dez de 1930

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Um quotidiano escrito em papel higiênico na dez de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, foi desvelado recentemente em Blumenau, Santa Catarina. O artefato histórico, redigido em teutónico e a lápis, foi produzido por Julio Baumgarten, editor do jornal Blumenauer Zeitung, enquanto estava recluso sob a querela de integrar um movimento considerado subversivo na era.

Os registros, datados de outubro de 1938, foram encontrados enrolados em uma caixa de charutos e escondidos no fundo de um armário, onde permaneceram por décadas até serem redescobertos por familiares. Agora segmento do pilha do Registro Histórico José Ferreira da Silva, em Blumenau, o quotidiano detalha a experiência de Baumgarten uma vez que prisioneiro na Penitenciária da Pedra Grande, em Florianópolis.

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Entre os relatos, o editor descreve sua chegada à prisão, a cubículo apertada de oito metros quadrados e as condições adversas, uma vez que a leito “dura uma vez que madeira” e as refeições simples à base de arroz e músculos. Apesar de não trazer revelações surpreendentes, o quotidiano oferece um vasqueiro vislumbre da rotina de um recluso político daquela era e reforça o entendimento sobre o contexto histórico do período.

Julio Baumgarten era membro da Ação Integralista Brasileira (AIB), um partido de inspiração fascista liderado por Plínio Salso. Fundada em 1932, a AIB defendia um nacionalismo extremado e, inicialmente, apoiou Vargas em seu governo provisório e na transição para o regime constitucional.

No entanto, com a instauração do Estado Novo em 1937, Vargas dissolveu todos os partidos políticos, incluindo a própria AIB. Em resposta, os integralistas tentaram um golpe de Estado em 1938, mas a tentativa fracassou, resultando na prisão de diversos membros do partido, entre eles Baumgarten.

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Para a historiadora Sueli Petry, diretora do Patrimônio Histórico e Museológico de Blumenau, o quotidiano “enriquece o pilha documental ao oferecer uma perspectiva pessoal que complementa o que já se sabia sobre o integralismo e os presos políticos do período”.

A invenção deste manuscrito é mais uma peça no quebra-cabeça da história brasileira, ajudando a compreender melhor as complexidades políticas e sociais do início do século XX.

 



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