Quem foi Leão XIII, o último papa com esse nome e o primeiro registrado em vídeo

Muito antes da internet e da televisão, um papa já fazia história ao unir fé e modernidade em um período de grandes mudanças políticas e sociais. Leão XIII, que liderou a Igreja Católica entre 1878 e 1903, não exclusivamente deixou um legado de renovação dentro do Vaticano uma vez que também foi o primeiro pontífice registrado em vídeo — uma cena raríssima captada em 1898, quando ele tinha 88 anos.

A filmagem, realizada por William Kennedy Dickson, um dos pioneiros da cinematografia e colaborador de Thomas Edison, eternizou a imagem de Leão XIII e reforçou sua posição uma vez que um dos papas mais notáveis da história. O vídeo o mostra abençoando a câmera, um pouco inédito para a quadra.

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Leão XIII nasceu em 1810, na pequena cidade de Carpineto Romano, na Itália, com o nome Vincenzo Gioacchino Pecci. Tinha formação em filosofia, teologia e recta, além de longa trajetória uma vez que diplomata do Vaticano. Sua eleição para o papado ocorreu em meio a um cenário frágil: a Igreja havia perdido os Estados Pontifícios para o recém-unificado Reino da Itália e enfrentava um novo mundo moldado pela industrialização e pelo progressão dos ideais liberais.

Durante seu extenso pontificado de 25 anos, Leão XIII se destacou por dialogar com os desafios de seu tempo. Em 1891, publicou a encíclica Rerum Novarum, um divisor de águas para a princípio social da Igreja. O texto defendia os direitos dos trabalhadores, criticava tanto o liberalismo extremo quanto o socialismo ímpio, e propunha um protótipo que valorizasse a distinção humana, a justiça social e o papel do Estado na proteção dos mais vulneráveis.

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O papa também foi um incentivador da ensino religiosa, do uso de métodos científicos na leitura bíblica e da reabertura dos arquivos secretos do Vaticano a estudiosos — um pouco revolucionário para a quadra.

Leão XIII faleceu aos 93 anos, em julho de 1903, sendo até hoje o papa mais longevo já filmado e uma figura mediano na transição da Igreja Católica para a modernidade. A escolha recente do nome Leão XIV por seu sucessor, o norte-americano Robert Prevost, reacende o interesse por seu legado e simboliza um retorno a ideias de justiça social e engajamento com o mundo contemporâneo.