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Proteção bicho em condomínios: porquê funciona o reconhecimento de animais comunitários
Uma recente discussão envolvendo gatos que circulavam livremente em áreas coletivas em João Pessoa reacendeu o debate sobre o que a legislação realmente prevê quando o matéria é animais comunitários em condomínios. O caso mostrou que, mesmo quando moradores alimentam animais errantes, isso por si só não garante o reconhecimento formal dessa categoria.
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Quando um bicho pode ser considerado comunitário?
No Brasil, a classificação de bicho comunitário depende de cuidados contínuos, organizados e reconhecidos coletivamente. Não basta a boa vontade individual.
Para que haja enquadramento lícito, é necessário:
- Registro formal em ata ou decisão de tertúlia
- Responsabilidade compartilhada entre os moradores
- Garantia de sustento adequada
- Abrigo seguro
- Séquito veterinário
Ou seja: é preciso organização e comprovação de que existe um desvelo sistemático — e não unicamente ações esporádicas.
O que diz o profissional
Para o jurisconsulto Vladimir Miná, sócio do escritório Miná & Alves Advocacia, a situação deixa evidente a diferença entre solidariedade e responsabilidade jurídica.
Segundo ele, cevar os gatos ocasionalmente não configura desvelo contínuo. Ele explica que, sem decisões formais internas — porquê aprovação em tertúlia ou geração de normas internas —, não há porquê exigir que o condomínio assuma deveres.
“Não há segurança jurídica para obrigar o espaço coletivo a manter sustento, comitiva veterinário ou estruturas específicas sem uma deliberação formal”, afirma Vladimir.
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Condomínio pode ser responsabilizado?
De congraçamento com o entendimento aplicado no caso, não. Isso porque os cuidados prestados pelos moradores eram voluntários e sem qualquer organização estruturada. Sem comprovação de rotina, regras ou ramificação de responsabilidades, não há porquê caracterizar vínculo jurídico entre o condomínio e os animais.
O que isso significa para a motivo bicho
Todavia, prometer proteção lícito aos animais que vivem em áreas compartilhadas exige mais do que boa vontade. Para que gatos ou outros animais sejam reconhecidos porquê comunitários, é fundamental:
- Organização formal dos cuidadores
- Regras internas claras
- Participação da coletividade
- Registro em tertúlia
- Assim, evita-se conflitos e abre-se caminho para políticas de proteção mais sólidas e juridicamente seguras.