porquê será a vilã de Vale Tudo adaptada ao século 21?

Sim, os tempos são outros, o mundo é outro, mas o varão continua a ser o varão, pleno de contradições, de defeitos, de idiossincrasias. Daí que uma personagem porquê Odete Roitman, criada por Gilberto Braga em 1988, corre o risco de virar, logo que a novidade versão da romance “Vale Tudo” estrear, a malvada favorita da estação. Por fim de contas, o que fica mesmo das novelas são os personagens mais maldosos, polêmicos, mal comportados, politicamente incorretos. Os outros, os bonzinhos, parecem ser todos iguais. Já os malvados são maus cada um a sua maneira.

No caso de Odete Roitman, essa maneira se traduz numa elegância ao se vestir e uma deselegância totalidade de modos e comportamentos. Manuela Dias, autora dessa “Vale Tudo” versão 2.0, confessou que não sentiu temor de encarar esse projeto e que essa recriação toda faz secção do seu trabalho de escritora e roteirista. E mesmo com um elenco bastante estrelado, do qual fazem secção Thaís Araújo, Paola Oliveira, Cauã Reymond, Alice Wegmann, Humberto Carrão e Bella Campos, quem está causando antes mesmo da estreia é a Odete Roitman de Débora Bloch.

Sim, depois da mítica versão de Beatriz Segall, memorável, agora é a vez dela: Débora Bloch. As duas têm em generalidade esse jeito meio “importado”, fisicamente falando: um jeito de mulher europeia, mais precisamente do leste europeu, de onde provavelmente as suas famílias de traje vieram, e também uma elegância proveniente, um porte, um jeito de mulher rica.