Esporte
Por que motos deveriam ter prioridade sobre carros nas ruas brasileiras

Catão destaca que esse fenômeno não é restrito do Brasil e pode ser visto em países com verdade socioeconômica semelhante, porquê Malásia e Vietnã, onde as motos representam a principal forma de transporte.
“Você vai encontrar um número superior de motos em países com situação econômica semelhante à do Brasil, porquê Malásia e Vietnã. Isso acontece porque são locais de desenvolvimento vertiginoso e pouca infraestrutura de transporte coletivo”, explica o secretário.
Cá, a situação não é dissemelhante. Em grandes cidades, onde o transporte público é precário e ineficiente, muitos trabalhadores veem a moto porquê a única opção para evitar horas no trânsito e prometer a própria subsistência. “O cidadão precisa escolher entre chegar em lar em 30 minutos ou em 2 horas. Essa é a verdade de muitos brasileiros”, destaca Catão.
Outrossim, o secretário alerta para um fator psicológico que agrava o problema: a falta de aversão ao risco. “Quando nos acostumamos a um risco, ele passa a ser visto porquê normal. É isso que acontece com a motocicleta. Quem usa todo dia, em condições adversas, tende a subestimar o risco”, explica.
Esse cenário também explica o desenvolvimento dos serviços de moto por aplicativo, porquê Uber Moto e 99 Moto em diversas cidades grandes do país. Embora ofereçam um serviço rápido e barato, eles inserem um novo elemento de risco: o passageiro, que está ainda mais exposto do que o condutor. Para Catão, essa atividade exige atenção privativo.
“O mototaxista ou motorista de aplicativo transporta um terceiro. Isso aumenta a responsabilidade e, consequentemente, os riscos. Esse debate, sobre a autorização desse tipo de transporte ou não, precisa ser feito dentro da estrutura das cidades”, afirma.