Esporte
Por que Fiat Argo mudou tão pouco em oito anos

O pessoal pode até reclamar, mas para o mercado de usados isso é muito bom. Quanto mais tempo um padrão permanece igual, menores serão as desvalorizações em cada pausa de ano.
O visual do padrão mais novo pode até permanecer datado, mas quem é possuidor de um dos carros fabricados nos primeiros anos continua com o sentimento de ter um veículo atual na garagem, e sabe que o valor de mercado não sofrerá grandes alterações. Acredito que o melhor exemplo para ilustrar isso é o do velho Hyundai Tucson, que preservou o mesmo visual por incríveis 14 anos.
Mas não deixa de ser curioso ver que o Fiat de passeio mais vendido do momento parece não receber tanta atenção por segmento do seu trabalhador. Na real, basta dissecar o número de vendas do Argo para entender os motivos.
No ano pretérito, o Argo fechou em quarto lugar, não muito detrás do segundo e terceiro colocados, mas muito distante do líder. Dos pouco mais de 91 milénio emplacados em 2024, unicamente 31% foram parar nas mãos de particulares. Ou seja, a maior segmento é de vendas diretas, onde as locadoras deitam e rolam. No amontoado dos dois primeiros meses do ano atual, essa tendência se repete.
O oposto acorre com o Fiat Pulse, padrão claramente fundamentado no Argo, mas que tem posicionamento de mercado mais supra. Nesse caso, foram emplacados pouco mais de 39 milénio Pulses no ano pretérito, sendo unicamente 31% de vendas diretas. Não digitei falso, os dois percentuais são coincidentemente iguais, mas de fatias diferentes do bolo.
Em uma estudo livre de minha segmento, o Argo não precisa mudar – e por isso não muda. Seu principal comprador não se importa com aspecto, mas sim com um bom carruagem que rentabilize no período que estiver alugado, e que tenha liquidez e baixa desvalorização quando tiver que ser revendido. É provável que a margem de lucro também seja muito mais apertada que do Pulse, não justificando grandes investimentos.