Esporte
Palmeiras vence com drama genuíno; Corinthians, com drama desnecessário

No segundo tempo, o Palmeiras tentou segurar o resultado e foi sumindo em campo. O Bolívar empatou e parecia que partiria para a viradela, mas aí um ótimo contra ataque puxado por Flaco acabou no gol de Maurício. Drama real, falta de ar, falta de pernas, pressão. Só que o Palmeiras foi valente e segurou firme a vitória.
Nos últimos 13 anos, o Bolívar ganhou 24 dos 35 jogos que fez em mansão pela Libertadores, com vários brasileiros uma vez que vítimas. Eram 5 vitórias seguidas, 9 das últimas 10. Não é moleza jogar lá.
O drama real do Palmeiras contrastou com um drama que não deveria ter ocorrido de forma alguma em Itaquera.
O Corinthians sobrevive na Despensa Sul-Americana depois vencer o Racing, do Uruguai, por 1 a 0. Quinto disposto no Campeonato Uruguaio e praticamente sem chances neste grupo difícil da Sul-Americana, o Racing chegou a Itaquera com nove desfalques e vários reservas em campo. Mesmo assim, começou melhor do que um Corinthians inteirinho titular. E ganhou vantagem em campo depois a expulsão de Félix Torres, com 12min de partida. O zagueiro, aquele mesmo que já “tentou” dar o título paulista para o Palmeiras com uma expulsão estúpida na final, precisa levar um pito daqueles depois de mais esta estupidez.
Mesmo com um a menos, o Corinthians buscou a vitória no segundo tempo. Mas as chances do Racing no final da partida foram tão claras que é preciso invocar a vitória de milagrosa. Tudo isso de forma desnecessária.
Para prelúdios de conversa, o Corinthians sequer deveria ter disposto tantos titulares em campo, tendo um jogo daqui a três dias contra o Flamengo pelo Brasílio. Na rodada anterior, Ramón Díaz tinha disposto um time misto para jogar na Colômbia. A Sul-Americana não é – ou não deveria ser – prioridade corintiana para a temporada. Com reservas, possivelmente teria vencido o Racing (com tantos desfalques, repito) do mesmo jeito. Seria mais inteligente jogar a Sul-Americana uma vez que jogou nos últimos anos, levando na flauta e com jogadores menos utilizados.