Esporte
O ‘último ato’ de Bolsonaro foi o fracasso de uma aposta

Mas cá essa quantidade para menos ou para mais (muito mais) importa pouco. Cá, o mais relevante é que Bolsonaro se empolgou com a mobilização que foi se construindo para o ato.
Bolsonaro confiou tanto nela que se arriscou a projetar mais de meio milhão de pessoas para estarem em Copacabana em sua resguardo. Sim, em sua resguardo, ainda que o oração público seja a resguardo das pessoas “humildes” condenadas pelo vandalismo contra a democracia no 8 de janeiro.
O ato se tratava de uma aposta. Era uma aposta sobre a capacidade de engajamento do bolsonarismo, a capacidade de mobilização de Bolsonaro porquê líder popular.
Era uma aposta sobre o poder de adesão que a pretexto da anistia teria junto à população, aos apoiadores do ex-presidente. Uma aposta de que, posteriormente a eleição de Donald Trump, ter mendigado sua atenção e, sobretudo, a atenção de Elon Musk, Bolsonaro se fortalecera popular e politicamente.
O ato era uma aposta de que Bolsonaro é quem de roupa dá as cartas na direita brasileira, a partir da extrema-direita onde ele está. Uma aposta de que, havendo meio milhão de pessoas, ou quem sabe um milhão, essa imagem poderosa faria Alexandre de Moraes, e todo o Supremo Tribunal Federalista, recuarem.
Uma aposta de que a narrativa de que a maioria das pessoas presas no 8 de janeiro era somente pessoas de muito que foram para Brasília somente para rezar, rezar, reportar versículos. Quem depredou? Quem depredou foram os outros. Quais outros? Bolsonaro desconhece.