Esporte
o cansaço porquê epidemia coletiva

Quem nunca precisou arquivar aquele grupo de WhatsApp do trabalho para conseguir repousar de verdade? Na França, por exemplo, o direito à desconexão foi incorporado à legislação trabalhista. Desde 2017 as empresas com mais de 50 funcionários são obrigadas a definir horários em que os empregados não precisam estar disponíveis.
A segunda diz reverência à teoria de que além de ser razoável estarmos disponíveis para o trabalho ininterruptamente, transferimos para outros “setores” da vida a lógica de produtividade do trabalho: queremos “entregar tudo” nos relacionamentos, “monetizar” os passatempos, lucrar mais “likes” nas férias e ser os melhores nos esportes que praticamos.
A dinâmica do resultado se aplica a tudo na vida. E isso faz com que estejamos desempenhando o tempo todo. Somos “sujeitos do desempenho”, porquê nomeia Han.
E sujeitos do desempenho não param nunca. Por isso, o responsável labareda atenção para a relação entre esta lógica e as síndromes comuns relacionadas à saúde mental: depressão, impaciência e burnout estariam conectadas de alguma forma a leste modo de vida ininterrupto e que além de nos subordinar a jornadas exaustivas, nos convence de que é necessário medicar os sintomas para seguirmos produtivos.
Mas não é unicamente isso. Han também afirma nesta obra que a crescente sobrecarga de trabalho torna necessária técnicas específicas relacionadas ao tempo e à atenção. Você já deve ter visto um proclamação de vaga de tarefa que valoriza o candidato “multitarefas”.
Para Han, esta é uma técnica temporal e de atenção que não representa nenhum progresso civilizatório; pelo contrário, é um retrocesso, na medida em que realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo não unicamente faz com que não se desempenhe nenhuma delas com qualidade, porquê —aos poucos— vai sequestrando a atenção plena e a capacidade de humanidade dos indivíduos.