Repito o que disse nos primeiros jogos de Neymar no Santos: ele deveria ter treinado por mais tempo antes de jogar.
O seu problema muscular é decorrente do grande esforço feito por ele durante os jogos depois uma longa falta dos gramados. Neymar estava com saudades do jogo e, outrossim, havia muitos interesses financeiros do jogador, do clube e dos investidores. Mesmo que a sua viagem durante o Carnaval não tenha trazido nenhum prejuízo físico à sua recuperação, foi uma irresponsabilidade do desportista, da percentagem técnica e da diretoria, ainda mais antes de uma decisão.
Posteriormente vencer o Santos por 2×1 e se qualificar para a final do Paulistão, contra o Palmeiras, o Corinthians precisa nesta quarta (12) volver a desvantagem de três gols contra o Barcelona do Equador pela Libertadores. Será muito difícil, mas não impossível. A torcida acredita na viradela e os jogadores acreditam na força da torcida e de seu estádio. No inconsciente coletivo de todos há um libido, uma força que vai além da racionalidade.
O Corinthians fará a final do Paulistão contra o Palmeiras, que venceu o São Paulo por 1×0. Foi um jogo tenso, de muita marcação, equilibrado, de muita disputa física, mas sem nenhum luz. Houve somente uma única chance clara de gol para cada lado.
No Cariocão, o Flamengo tem mais chances de ser vencedor, embora o Fluminense tenha melhorado, jogando com segurança e com mais qualidade ofensiva. Bruno Henrique fará falta. O zagueiro do Flamengo Leo Ortiz, convocado para a seleção, além de ser ótimo na resguardo, dá lição de passes certeiros, rápidos e para a frente, qualidade pouco vista entre os volantes. O bom passe de um zagueiro melhora o ataque.
Em Minas Gerais, o Atlético já é praticamente o vencedor depois a vitória por 4×0 no primeiro jogo sobre o América. O Galo melhorou com as contratações do técnico Cuca e dos jogadores Gabriel Menino, Rony e o prateado Cuello. Porém ainda é cedo para tantos elogios ao time. Veremos no Brasileirão.
Os longos estaduais, que prejudicam bastante o calendário, estão na reta final. Na Bahia, teremos o clássico Ba-Vi e no Rio Grande do Sul o clássico Gre-Nal. O Inter possui melhor equipe e tem a vantagem de dois gols.
No final de semana, além dos erros dos árbitros, vários detalhes técnicos, táticos, emocionais, inesperados e surpreendentes foram importantes nas atuações e nos resultados.
O jogo entre América-MG e Atlético-MG estava equilibrado até a grave nequice do goleiro, seguido da expulsão, questionável, do jogador do América. Aí a goleada ficou fácil.
No clássico entre Flamengo e Vasco, ninguém sabe até hoje, mesmo com a tecnologia, se Bruno Henrique estava ou não impedido no primeiro gol do Flamengo. Antes do gol, ele deveria ter recebido o segundo cartão amarelo e com isso sido expulso, segundo comentaristas de arbitragem.
A maioria dos analistas acha que o pênalti que deu a vitória do Palmeiras sobre o São Paulo não deveria ter sido marcado. A péssima saída de globo do goleiro contribuiu para o erro do perito.
O futebol e a vida continuam prazerosos e bonitos porque, mesmo em situações previsíveis, comuns e repetitivas, haverá o contingência, um artista e um craque para transgredir e reinventar a história.