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Motorista joga coche sobre ciclistas em ciclovia de SP – 03/02/2025 – Ciclocosmo

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Um vídeo que mostra o atropelamento de um par de ciclistas na cidade de São Paulo, em janeiro de 2023, ganhou destaque nas redes sociais na semana passada.

As imagens, captadas pela câmera de segurança de um clube, mostram o ciclista entregador Fernando dos Santos, na estação com 32 anos, e a geógrafa Iara Lopes, 29, pedalando na ciclofaixa da avenida Rebouças (zona oeste) quando um Renault Kwid avança em direção aos dois.

Na sequência o par tenta se proteger subindo na passeio, mas a motorista mantém o rumo e se choca contra as bicicletas. Iara consegue se manter em pé, mas Fernando é arremessado para frente. O coche não para, e quando está prestes a passar sobre o corpo do ciclista, tombado na passeio, desvia para a pista.

Tentando impedir a fuga, Iara se agarra ao veículo, mas a motorista acelera, invade a ciclofaixa e a passeio pela segunda vez, quase prensa a ciclista contra outros carros e foge.

O par sofreu escoriações e foi socorrido pelos funcionários do clube.

Com ajuda de testemunhas, Fernando e Iara descobriram a identidade da motorista, Amanda Balceskis, 37, que naquele dia prestava serviços para a Uber.

Em 30 de janeiro de 2023, cinco dias depois a ocorrência, o par abriu uma queixa-crime contra Amanda. Desde logo o processo tramita no Fórum Criminal da Barra Fundíbulo, na zona oeste da capital, e tem a audiência preparatório agendada para o dia 17 de fevereiro.

Fernando conta que já passou por muitas situações difíceis desde que começou a trabalhar uma vez que ciclista entregador, em 2017, mas nunca se sentiu tão ameaçado uma vez que naquele dia.

“Eu tinha oferecido um tapa de alerta no capô do coche porque a motorista estava obstruindo a passeio e a ciclovia, coisa normal. Conseguimos passar, mas o coche veio para cima cantando pneu e nos acertou em referto. Depois atropelou minha mulher mais uma vez. Achei mesmo que íamos morrer”, diz Fernando.

No processo foram anexadas imagens da câmera de segurança e postagens do perfil de Amanda no Instagram. Entre elas uma medalha com a suástica nazista e outras que, segundo os advogados do par, “demonstram a personalidade violenta da autora” e associam “passageiros que deram uma nota mais baixa no aplicativo de transporte a macacos”.

Por telefone, Amanda confirmou à Folha que jogou o coche propositadamente sobre o par. “Ele tocou com os dedos no meu coche. Não paladar muito que encostem em mim”, disse. Questionada se não achava sua reação desproporcional, respondeu: “O meu foi suave, foi só um encostão.”

Sobre a postagem da suástica nazista, Amanda diz que só comentará depois a audiência preparatório.

Em uma primeira revelação nos autos, a promotora Eliana Guillaumon Lopes Vieira se opõe ao sindicância policial, que classificou o caso uma vez que lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.

Para ela, a ação foi uma tentativa de homicídio doloso, “uma vez que há indícios suficientes de que a averiguada agiu com dolo eventual, assumindo o risco de motivar um atropelamento e, uma vez que consequência, de matar alguém que estivesse em seu caminho.”

Todavia, em outras manifestações, a Promotoria modificou esse entendimento e classificou o caso uma vez que lesão corporal. “A despeito da sisudez e reprovabilidade da conduta perpetrada por Amanda, e embora ela tenha deixado o sítio dos fatos com seu veículo, a investigada não empreendeu velocidade suficiente a provar que assumiu o risco de provocar a morte dos ciclistas”, escreveu a promotora Renata Teixeira de Andrade.

De conciliação com o estudo “Gestão da Velocidade“, da OMS (Organização Mundial de Saúde), “pedestres, ciclistas, condutores de ciclomotor ou motociclistas correm um cume risco de lesão grave ou irremissível quando um veículo a motor colide com eles ” a 50 km/h, que é a velocidade regulamentada na avenida Rebouças.

Para sanar o conflito, o Tribunal de Justiça encaminhou o caso ao Procurador-Universal de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, que confirmou o novo posicionamento, de lesão corporal. . “Fernando, quando foi atingido na ciclofaixa, caiu no soalho, mas se levantou em seguida e correu em direção ao veículo. Uma vez que Iara estava pendurada no coche, em novidade atitude, Amanda mais uma vez subiu na passeio e deu um tranco com o coche, fazendo com que a vítima fosse arremessada contra um coche estacionado, mais uma vez sem desabar. Na sequência, a investigada se evadiu. Portanto, de vestimenta, os elementos dos autos reforçam o entendimento de que o dolo era unicamente o de atingir as vítimas para, no supremo, lesioná-las”, pontua Costa.

Fernando diz que sua mulher está traumatizada, mas ele não pode parar de fazer entregas porque precisa sustentar a família —o par tem um fruto de 8 meses.

“Pelo vestimenta de eu ser pobre, acho que não vai dar em zero. Se fosse ao contrário, eu Fernando, pobre, jogando o coche sobre uma pessoa com boas relações, já estaria recluso”, disse ele.

Amanda, que trabalha uma vez que administradora (além de ser motorista de aplicativo), diz não se arrepender do que fez.

Por nota, a Uber diz que lamenta o caso e que a conta da motorista parceira está desativada da plataforma desde 2023. A empresa ressalta que tem uma equipe especializada sempre à disposição para colaborar com as autoridades.



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