Curiosidades
Mistério do pôr-do-sol lunar pode estar perto do termo com imagens inéditas

Imagens impressionantes do pôr do sol registradas diretamente da superfície da Lua podem ser a chave para resolver um esfinge que intriga cientistas há mais de seis décadas: uma névoa luminosa que insiste em comparecer no horizonte lunar.
As fotografias foram feitas pelo módulo Blue Ghost, da empresa norte-americana Firefly Aerospace, que recentemente entrou para a história ao se tornar a primeira companhia privada a realizar uma alunissagem vertical bem-sucedida com uma nave robótica. A missão aconteceu no início de março, e os registros foram divulgados pela empresa na última terça-feira, 18.
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O sítio da aterrissagem foi a região de Mons Latreille, uma antiga formação vulcânica situada na planície Mare Crisium, ao nordeste da face visível da Lua. O módulo permaneceu ativo por alguns dias, até 16 de março, tempo suficiente para coletar dados e imagens com altíssima definição.
Em uma das fotos divulgadas, é verosímil ver o clarão do Sol tingido de virente no horizonte lunar, o planeta Vênus porquê um pequeno ponto luminoso e a Terreno aparecendo com o mesmo tamanho que o Sol tem quando observado do nosso planeta.
Essas imagens podem esclarecer o que está por trás do chamado “resplendor do horizonte”, um fenômeno registrado desde a dez de 1960 por sondas da NASA e, depois, pelos próprios astronautas das missões Apollo. A hipótese mais aceita é que partículas de poeira lunar estejam sendo eletricamente carregadas pela radiação solar e, levitadas, formem essa curiosa névoa luminosa.
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Segundo Joel Kearns, da Direção de Missões Científicas da NASA, os cientistas estão analisando cuidadosamente cada imagem. Ele destaca que, além da formosura visual, os registros oferecem um nível de detalhamento inédito, o que poderá ajudar a aprimorar os modelos científicos sobre a dissipação da luz na superfície da Lua.
O estudo avança com expectativa: entender esse fenômeno não exclusivamente ajuda a desvendar o pretérito do nosso satélite proveniente, mas também contribui para o planejamento de futuras missões tripuladas à Lua e, possivelmente, a outros corpos celestes.