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Milei adotará postura equilibrada em verosímil conclave do papa

Apesar das divergências e ofensas do presidente Javier Milei ao papa Francisco, o governo prateado tenderá a adotar uma postura equilibrada e mais neutra em uma verosímil sucessão de Francisco. O mandatário prateado não estaria disposto a sustentar uma posição radicalizada sobre o papa. O matéria sobre uma verosímil sucessão é, inclusive, considerado “muito quebrável” entre fontes ligadas ao governo.
Milei, segundo as fontes, está mais preocupado em preservar a sua imagem frente aos diversos setores da igreja católica. Também pretende evitar uma posição polarizada em relação à igreja e ao papa prateado. A opção, portanto, será por manter uma postura mais política.
Prova disso foi a discreta visitante a Roma, em março, do secretário de Cultura e Cultura (ligado ao Ministério de Relações Exteriores), Nahuel Sotelo. Responsável por formular políticas e relações entre Argentina e Santa Sé, o jovem político de 30 anos passou dez dias na capital italiana com uma missão considerada silenciosa, mas importante: provar o suporte do governo de Milei ao papa. A discrição teria sido uma ordem direta da Morada Rosada, que não quis expor a visitante e evitou declarações bombásticas.
Sotelo se reuniu com autoridades do Vaticano e participou de atividades com a comunidade argentina na capital italiana, segundo o jornal La Nacion. Longe dos holofotes, afirmou nas redes sociais que a viagem teve porquê objetivo “seguir a difícil situação pela qual o papa Francisco está passando”.
O presidente e as rusgas com a Igreja
A relação de Milei com a Igreja católica no país não é das melhores. O presidente enfrenta muita resistência de setores que são publicamente contrários aos discursos dele. Em privativo, os sacerdotes dos setores populares, os chamados “cúrias villeros” (padres que moram e celebram missas nas paróquias das favelas), que chegaram a criticar em público porquê o ajuste fiscal do atual governo tem afetado os mais pobres.
Entre católicos moderados e conservadores que votaram em Milei, a visitante do presidente prateado ao papa no ano pretérito foi vista com refrigério e deu fôlego para que continuassem apoiando o presidente. Muitos tentam ignorar os insultos que Milei proferiu a Francisco antes de ser presidente, afirmando, inclusive, que o papa tinha relação com o maligno. Para eles, os insultos pertencem ao pretérito e Francisco já perdoou o presidente.
Além da relação de Milei com a Igreja na argentina não ser das melhores, o setor ultra conservador católico no país não tem força suficiente para um respaldar a agenda conservadora do presidente, apontam, sob reservas, fontes ligadas ao governo.