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Micro-explosões de excitação com fusão nuclear – 04/05/2025 – Marcelo Leite

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Ouço há 40 anos promessas da fusão nuclear, manadeira utópica de virilidade que imitaria a fornalha das estrelas para inaugurar um paraíso elétrico na Terreno. As boas novas, porém, só vêm em conta-gotas, uma vez que a da quarta-feira (30) com o Reator Termonuclear Experimental Internacional (Iter, em inglês).

“Numa realização marcante para a fusão nuclear, o Iter completou todos os componentes do mais poderoso sistema eletromagnético supercondutor de pulso”, comemorava expedido da iniciativa que reúne China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Japão, Rússia e União Europeia.

A instalação em Saint-Paul-lez-Durance, sul da França, recebeu o sexto e último módulo do solenoide mediano, peça chave de um eletroímã com poder suficiente para erguer um porta-aviões. O componente foi construído e testado nos EUA.

Toda essa força é imprescindível para confinar, aquecer e fundir átomos de poucos gramas de hidrogênio num tokamak, reator em formato de câmara de pneu. A fusão produz átomos de hélio e, se espera, uma quantidade de virilidade até dez vezes maior do que a injetada no esplendor.

Tudo é gigantesco no Iter. O conjunto de magnetos pesará 10 milénio toneladas. Sua matéria-prima incluiu 100 milénio km de fios supercondutores fabricados em seis países com nióbio, estanho e titânio. Alguns magnetos chegam a 24 m de diâmetro.

Iniciado em 2006, o projeto vai custar €25 bilhões (R$ 160 bilhões) e não deve inferir ignição antes de 2039. Ignição, no caso, é gerar mais virilidade do que se consumiu para acionar os magnetos e aquecer o plasma em que se pretende realizar a fusão, ponto a partir do qual a reação se sustentaria.


Seria uma manadeira de virilidade copiosa e limpa, muito o que o planeta necessita para enfrentar o repto de livrar-se dos fósseis petróleo, carvão mineral e gás originário que propelem o aquecimento global com emissões de carbono. Centrais atômicas não emitem CO2, mas são caras e produzem lixo nuclear.

Usinas eólicas e fotovoltaicas são limpas, porém intermitentes. Hidrelétricas produzem virilidade de modo contínuo, mas inundam grandes áreas naturais, desfiguram rios e deslocam populações; ou por outra, o potencial explorável vai se esgotando em muitas regiões, uma vez que o Sudeste do Brasil.

Daí todo o interesse na fusão nuclear. A ignição até já foi alcançada, mas não num tokamak uma vez que o Iter, e sim na Instalação Pátrio de Ignição (NIF em inglês) do Laboratório Pátrio Lawrence Livermore dos EUA, em dezembro de 2022.

O NIF segue imagem dissemelhante, em que lasers bombardeiam uma invólucro do tamanho de borrachas de lápis que contém exemplar de hidrogênio pequena uma vez que um grão de pimenta-do-reino. A invólucro se contrai e implode, pressionando a exemplar até detonar a fusão.

Tais micro-explosões já aconteceram quatro vezes em 2022 e 2023. Na mais eficiente a virilidade produzida se revelou 90% maior do que a fornecida ao dispositivo. Daí não sairá, porém, uma usina uma vez que a que se pretende erigir com tokamaks, pois milhões de cápsulas teriam de ser fabricadas a cada dia.

Com sorte a fusão nuclear proverá na segunda metade deste século a virilidade de que precisamos. Mas até lá estaremos fritos com o aquecimento global por combustíveis fósseis.


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