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Meta testa reconhecimento facial para bloquear anúncios falsos de celebridades

A Meta anunciou a expansão do uso de reconhecimento facial no Facebook e no Instagram uma vez que segmento de sua estratégia contra golpes digitais. A tecnologia, que começou a ser testada em 2024 para identificar anúncios fraudulentos com imagens de celebridades, agora será aplicada também na detecção de perfis falsos e na recuperação de contas comprometidas.
Segundo a empresa, os primeiros testes ocorreram no Reino Uno e na União Europeia. A expectativa é ampliar o uso no Instagram nos próximos meses. A medida mira principalmente os chamados “celeb-bait” — anúncios enganosos que utilizam rostos de pessoas famosas para atrair cliques e redirecionar usuários a sites maliciosos.
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O sistema compara imagens suspeitas com fotos oficiais de perfis de figuras públicas ativos nas plataformas. Caso seja confirmada a correspondência fraudulenta, o proclamação é bloqueado maquinalmente. A Meta informou que mais celebridades serão incluídas no programa de forma gradual, mas terão a opção de não participar.
A companhia também trabalha para impor o recurso a usuários comuns. Uma das novidades em desenvolvimento é um sistema de autenticação por vídeo selfie, semelhante ao Face ID da Apple, que permitirá restaurar contas bloqueadas. A Meta garante que os vídeos serão criptografados, armazenados de forma segura e excluídos em seguida a verificação.
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O tema, no entanto, reacende discussões sobre privacidade. Em 2021, a Meta encerrou o recurso de marcação automática de fotos no Facebook justamente por pressões regulatórias. Agora, a empresa afirma que as novas ferramentas foram revisadas em termos de segurança e estão sendo avaliadas por autoridades antes da implementação global.
Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, disse que o projeto ainda está em período inicial, mas que a meta é clara: “ampliar a proteção contra fraudes e aumentar a segurança tanto de celebridades quanto de usuários comuns”.