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Lula para Xi: ‘me dá um moeda aí” – 19/04/2025 – Vinicius Torres Freire

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Luiz Inácio Lula da Silva vai à China em maio. Tema com a China nunca falta, menos ainda com os destampatórios do Nero Laranja, Donald Trump. Mas o que Lula ou o Brasil querem com a China?

Em abril de 2011, no início de seu primeiro procuração, Dilma Rousseff foi à China. Queria diminuir o “desequilíbrio mercantil”. O Brasil vendia à China commodities (comida e minérios), logo 82,4% do totalidade das exportações (dados da Secretaria de Negócio Exterior, aritmética deste jornalista). Importava manufaturados, mais de 99% das compras.

De volta ao Brasil, Dilma disse o seguinte, no “Moca com a Presidenta”: “Alcançamos os nossos principais objetivos, o de furar as portas para que mais produtos brasileiros, produtos mais elaborados, entrassem na China; e trabalharmos juntos em áreas importantes, porquê a de ciência e tecnologia”.

Atualmente, produtos do agro e da indústria extrativa são 80,3% das exportações brasileiras para a China (de 2011 a 2024, média 80%). A importação de manufaturados chineses continua em mais de 99% do totalidade. Zero mudou.

De dissemelhante, o Brasil exporta mais petróleo. A manante de transacção sino-brasileira (soma de exportações e importações) passou de 15,1% do totalidade em 2011 para 26,3% em 2025.

Naquela viagem de Dilma, o governo anunciou que a empresa sino-taiwanesa Foxconn investiria US$ 12 bilhões no Brasil (US$ 17 bilhões, a preços de hoje). Seriam criados 100 milénio empregos (o que as montadoras empregam cá) e haveria transferência de tecnologia para a fabricação de celulares e computadores.

Nunca se soube quanto a Foxconn investiu (nem perto de US$ 17 bi). Monta iPhones em Jundiaí (SP) e outras coisas em Manaus. Emprega mais de 5 milénio pessoas. O iPhone daqui é dos mais caros do mundo. Não teve parceria no Brasil, desenvolvimento tecnológico.

O grosso da produção mundial desses telefones é chinesa (mais de 80%). Secção migra para a Índia, que tem uns problemas “brasileiros” (burocracia, tributos loucos etc.), além de sindicatos. A Índia tenta inventar um contrato com os EUA e furar mais sua economia. A Apple pensa o que fazer de fornecedores, dada a política lunática da Trump. Houve até boato de que alguma produção poderia vir para o Brasil.

Hum.

Reflitam. O Vietnã, pequeno e ainda pobre (metade do PIB per capita do Brasil) exportou US$ 136 bilhões para os EUA em 2024 (eletrônicos, roupas, calçados etc.). O Brasil exportou US$ 42,3 bilhões, dados do US Trade Representative. O Vietnã, porquê países do sudeste asiático, é também “China 2”, base de exportação de empresas chinesas.

O Brasil é pouco produtivo e exporta pouco resultado industrial porque é uma economia fechada (embora agora, com Trump, todo mundo finja que não é protecionista) e tem vantagens em recursos naturais. Porque a logística é ruim e faceta, porque a instrução é uma tristeza, porque não damos a mínima para pesquisa científica, porque impostos e burocracia são demenciais.

Até podemos ter alguma indústria eficiente se a economia for alguma coisa mais ocasião etc., embora talvez importe mais desenvolver serviços melhores. Um contrato de fundo com a China que envolvesse investimentos (em infra, por exemplo) será necessário. É o que resta, pois haverá enchente de produtos baratos chineses e os EUA são muito mais risco do que oportunidade.

O que Lula vai expressar a Xi Jinping? Só “me dá um moeda, aí”, não basta.


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