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lá vêm as feministas ciumentas e raivosas

Por obséquio, leiam. Mormente, os homens. Vocês precisam. Serião mesmo. Para evitar expressar ou grafar coisas porquê as que tenho visto nas últimas 24 horas.
Gente (do gênero masculino) comparando o caso gravíssimo a uma romance (literalmente) e chamando as reações das mulheres envolvidas de rivalidade feminina. Nossa, porquê deve ser recreativo consumir a nossa dor, né? Peguem suas pipocas: lá vêm as feministas ciumentas. Raivosas. Histéricas.
Quando casos porquê oriente viralizam, o estrondo mesmo é feito por mulheres. Dentro das nossas redes, compartilhamos dores e traumas, oferecemos pedestal e protecção. Dos caras? Chega silêncio ou bobagem. No supremo, um textinho muito vagabundo de desculpas com a certeza em letras garrafais: eu não sou assim. Talvez eu tenha sido, no pretérito. Talvez meus amigos. Mas hoje? Euzinho? De forma alguma. Sou um coligado. Acompanho minas que falam de futebol. Visto rosa. Saudação minha namorada. Votei em uma presidenta. Me autodenomino feminista nos aplicativos de relacionamento. Tenho filha. Minha mãe me deu ensino. Ouço Gal e Bethânia. Sou desconstruído.
Não, não é. Você continua nos interrompendo, dando menos visibilidade ao nosso trabalho, sobrecarregando sua companheira, objetificando a coleguinha do lado, permitindo piadas machistas e homofóbicas nos seus grupos de zap. Tento mesmo confiar no seu potencial de melhoria.
O que testemunho diariamente, porém, são os mesmos comportamentos, disfarçados por um verniz muito fininho de oração progressista. Homens não têm a menor teoria do que passamos. Em segmento, porque não param para nos ouvir. De verdade. Porque não têm empatia, muito menos o libido de furar mão dos tais privilégios.
Sem incerteza, também não entenderam ainda o tanto que precisam evoluir, o tanto que representam a raiz do problema. Façam a nós um obséquio, logo. Não custa muito, renda.