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Investigação aponta que missionários desafiam proibição e tentam evangelizar indígenas isolados no Vale do Javari

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Uma investigação conduzida pelo jornal O Orbe revelou que grupos missionários têm descumprido a legislação brasileira ao tentar transmudar povos indígenas isolados na região do Vale do Javari, na fronteira entre Brasil e Peru. Entre os alvos dessas ações estão os Korubo, uma das etnias mais vulneráveis da Amazônia.

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Desde 1987, a legislação brasileira proíbe qualquer tipo de evangelização ou contato forçado com indígenas isolados, permitindo unicamente interações iniciadas por eles. No entanto, os relatos e os indícios apontam que essa norma tem sido desrespeitada por organizações religiosas que atuam na região.

Durante a apuração, foram identificados dispositivos solares conhecidos porquê Messenger. Esses aparelhos reproduzem mensagens bíblicas em áudio, tanto em português quanto em espanhol, e são equipados com lanternas e alto-falantes potentes. Seu objetivo dito é entender comunidades consideradas “não alcançadas” pelo cristianismo.

Os equipamentos foram distribuídos por uma entidade norte-americana chamada In Touch Ministries, que atua mundialmente com ações evangelísticas. Embora a organização afirme respeitar as leis do Brasil, ela admite que outras instituições religiosas podem estar utilizando os mesmos aparelhos em áreas onde o contato é expressamente proibido.

Ou por outra, a presença dos Messengers em território indígena levanta sérias preocupações entre especialistas e defensores dos direitos humanos. Isso porque, ao menosprezar a legislação, essas ações colocam em risco não unicamente a autonomia cultural dos povos isolados, mas também sua saúde e sobrevivência, já que o contato não autorizado pode provocar surtos de doenças.

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Nesse sentido, o caso expõe mais uma vez os conflitos entre a liberdade religiosa e os direitos coletivos dos povos originários. O progresso de ações missionárias sem autorização revela um desrespeito às regras estabelecidas há quase quatro décadas para proteger comunidades extremamente vulneráveis.



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