Hollywood trava guerra contra gigantes da IA; debate já avançou no Brasil

É uma discussão que devemos fazer de forma mais ampla para que envolva questões de direitos autorais, certamente, mas incentive novos questionamentos filosóficos. Chegamos em um momento em que vamos precisar rediscutir novos conceitos sobre uma vez que entender e tratar o conhecimento gerado pela humanidade.

É notório que sem chegada aos dados a máquina não pode aprender, e isso limita o progressão tecnológico. Por outro lado, uma vez que lastrar esse chegada com a justa remuneração e reconhecimento dos criadores originais?

Alguns pensadores defendem que o conhecimento amontoado e disponível poderia ser utilizado uma vez que um “muito geral”. Eu sabor da teoria, mas pergunto se isso é congruente quando o conhecimento está sendo utilizado por empresas enormes para treinar modelos proprietários e fechados?

Se fosse alguma coisa focado em modelos abertos o argumento até poderia fazer sentido, uma vez que já acontece com algumas exceções para propósitos de pesquisas. O dilema está em uma vez que equalizar o progressão tecnológico com a valorização do trabalho criativo humano, ainda mais quando sabemos que é a humanidade que cria todo o combustível criativo das máquinas.

Enquanto a discussão está acalorada nos EUA, cá no Brasil ela já avançou. O PL 2338/2023, que visa regular a IA no Brasil e foi reconhecido no Senado no termo de 2024, obriga quem desenvolve IA a informar quais conteúdos protegidos por direitos autorais foram utilizados no treinamento do padrão e prevê uma verosímil remuneração aos seus proprietários.

Esse foi um item que gerou muito debate e resistência. Os desenvolvedores brasileiros dizem que isso vai atrasar ainda mais o Brasil na disputa pela IA. Embora seja um argumento similar ao da OpenAI, precisamos considerar que as startups brasileiras não têm o mesmo poder econômico das Bigtechs dos EUA.