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Governo Lula está perdido na crise do INSS – 06/05/2025 – Vinicius Torres Freire

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Segmento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende repor de modo antecipado o verba roubado de aposentados e pensionistas do INSS, como noticiou esta Folha. Tentaria restaurar o prejuízo depois, fazendo a quadrilha repor o fruto da roubança —hum.

Tal providência ajudaria também a colocar um esparadrapo na sangria de imagem provocada pela facada do escândalo. É no que acreditam pessoas próximas de Lula, a turma do Planalto, digamos assim.

Segmento do governo Lula acha que isso não chega a ser uma má teoria, pois não é uma teoria. Além de dúvidas sobre os meios legais de implementação da medida, não se sabe qual o tamanho do espoliação, quem tem recta a receber o que foi roubado, uma vez que serão definidos os critérios para tomar tal decisão, uma vez que será o processo (governo decide? Lesados podem recorrer?), qual período de descontos entrará no conta etc. A providência pode resultar em confusão e insatisfações extras. Foi imprudência vazar o projecto, diz esta segmento do governo.

O caldo do escândalo ainda ferve e pode escorrer da panela, fazendo mais sujeira —aparecem os cadernos de lembrete da propina, aprovação de descontos em volume. Mesmo depois que o caso foi parar na Polícia Federalista, o governo reagiu de modo tardio, burocrático e politiqueiro. O descalabro no INSS, porém, é macróbio, vai além da roubança.

É mais um pneu careca do governo Lula: uma instituição importante é largada na mão de um confederado político, sem projeto de reforma e modernização. A turma do “Careca do INSS” somente estourou esse pneu. Há outros pneus lisos, vide o caso do setor elétrico, para reportar somente um que pode dar rolo grande ainda sob Lula 3. Tomara que chova neste 2025.

As notícias policiais jorram. O escândalo pode permanecer ainda mais midiático —já tem “carrão”, daqui a pouco aparece mala de verba e sabe-se lá quem mais meteu a mão.

Vai se descobrindo uma vez que mais autoridades da Previdência eram omissas; uma vez que o Congresso, petistas inclusive, não deu a mínima para tentativas de sofrear os descontos não autorizados.

O governo trocou seis por meia dúzia no comando do ministério da Previdência, mais um esparadrapo, em vez de aproveitar a ocasião para virar o jogo e fazer reorganização universal do INSS. Talvez daqui a pouco seja preciso trocar o ministro.

No conta político pequeno ou sem imaginação, o governo achou que pudesse manter o PDT na trajectória política. Nem isso. O PDT não pode fazer lá grande estrago, mas diz que agora é “independente”. Mais um vexame e sinal de fraqueza, uma vez que gente do União Brasil esnobando nomeação para ministério.

A oposição, simples, quer faturar o caso com CPI, que não costuma dar em zero de prático e decente, mas rende avacalhação do governo. Por ora, dizem líderes da Câmara, é quase impossível ter investigação. Mas o show não terminou, o que pode incentivar uma CPI mista, com deputados e senadores.

Vai ter barganha para barrar tal CPI, ainda mais se brotar mais podre e a revolta pode ferver nas redes. Até agora, dizem entendidos, a repercussão não era grande. Nesta semana, o clima começou a mudar.

Por sorte do governo, por assim expressar, a extrema direita e o direitão não foram a fundo na campanha, pois a roubança vem de 2016, o que inclui na lambança o INSS sob Michel Temer e sob Jair Bolsonaro.

Enquanto isso, Lula viaja. Depois da Rússia, Lula irá à China.


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