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Curiosidades

Gogottes de Fontainebleau: as esculturas naturais que encantaram até Luís XIV

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Réplica de gogotte exposto em museu, revelando suas formas orgânicas e intrigantes. (Foto: Instagram)

Os gogottes de Fontainebleau, na França, são formações geológicas raríssimas e únicas no mundo, encontradas nas antigas pedreiras de arenito da cidade homônima, localizada sobre 60 km de Paris. Esses curiosos blocos minerais, que lembram esculturas abstratas, são concreções formadas há aproximadamente 30 milhões de anos, quando a região estava submersa sob um mar raso.

Com o recuo das águas, depósitos de areia rica em quartzo ficaram expostos. A infiltração de chuva com sílica dissolvida cimentou os grãos de areia, criando estruturas espiraladas e orgânicas que hoje fascinam cientistas, artistas e místicos. A combinação específica de areia, calcita e condições ambientais que deu origem aos gogottes só ocorreu em Fontainebleau, o que torna essas formações exclusivas da região.

Além de seu valor geológico, os gogottes também têm relevância cultural e histórica. Durante o século XIX, a Floresta de Fontainebleau, onde muitos desses exemplares se encontram, foi frequentada por artistas da Escola de Barbizon. A formosura e o mistério dessas formações atraíram até mesmo o rei Luís XIV, que levou algumas para os jardins do Palácio de Versalhes.

Visualmente, os gogottes provocam a pareidolia — fenômeno psicológico que nos faz enxergar formas familiares em objetos abstratos, uma vez que rostos ou animais em nuvens. Essa propriedade contribuiu para que fossem associados a crenças espirituais e lendas, tornando-se objetos de libido de colecionadores e místicos.

Hoje, a região de Fontainebleau é reconhecida uma vez que Patrimônio Mundial da UNESCO, não exclusivamente por sua relevância geológica, mas também por sua biodiversidade, que inclui florestas de carvalhos, faias e pinheiros, além de cavernas, rios e dunas fósseis. Os gogottes, com sua origem milenar e ar quase mágica, seguem inspirando a imaginação humana.



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