Esporte
férias alternativas com mergulho em terras indígenas

Em tempos de férias de verão, há quem prefira lugares que não estão lotados de gente – e que não são os clássicos cartões postais instagramáveis. O etnoturismo é uma modalidade que vem chamando a atenção de viajantes não convencionais, que desejam reprofundar na natureza e nas origens dos povos ancestrais do Brasil, fazendo passeios de mergulho na vida de comunidades indígenas.
Os turistas participam, entre outras atividades, de trilhas na floresta, oficinas de tecelagem, colheitas de legumes, cerimônias com medicinas tradicionais, banhos de greda, passeios de canoa, aulas de culinária e rituais espirituais. Tudo com muita história. “Precisamos apresentar o Brasil para os brasileiros. Existem áreas que a maioria das pessoas não têm teoria que existem. Portanto, primeiro, é preciso quebrar estas barreiras”, afirma Daniel Cabrera, CEO da Vivalá e do Instituto Sumaúma. A Vivalá atua com turismo sustentável em 27 unidades de conservação do Brasil e promove, além do etnoturismo, o que labareda de turismo de base comunitária, levando visitantes a saber também outros povos tradicionais do país, uma vez que ribeirinhos, caiçaras, sertanejos e quilombolas.
Nos pacotes de etnoturismo, o protagonismo é direto das comunidades: são os próprios indígenas que lideram as atividades dos roteiros e que são responsáveis por todas as narrativas. “É importante que eles contem sua história, definam uma vez que querem receber as pessoas, o que desejam oferecer, de que forma vão mostrar sua espiritualidade. Isso enaltece sua cultura, reforça o orgulho que devem sentir das suas origens”, observa Cabrera. Nos últimos 10 anos, a Vivalá já embarcou mais de 5 milénio viajantes no país e atua hoje em conjunto com tapume de 1500 famílias. Foram mais de R$ 5 milhões injetados em economias locais por meio da compra de serviços de base comunitária e do consumo direto dos turistas.