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Extrair urânio gastará 600 milhões de litros de chuva por mês do semiárido

O primeiro processo de licenciamento ambiental ocorreu ainda entre os anos de 2004 e 2010, feito pela Semace (Superintendência Estadual do Meio Envolvente), foi invalidado por decisão da Justiça Federalista, já que o Ibama deu parecer técnico ainda em 2005 apontando que o empreendimento “não é sustentável do ponto de vista dos recursos hídricos”.
Posteriormente isso, o consórcio fez novos estudos e apresentou uma novidade versão, que foi novamente negada. Agora, pela terceira vez, o empreendimento pede o licenciamento (as audiências públicas são segmento do processo).
Segundo o Rima (Relatório de Impacto Ambiental) apresentado pelo empreendedor na audiência pública do dia 11, mudanças no projeto original possibilitaram uma readequação do uso da chuva. Na novidade versão, o consumo de chuva caiu de 17%: de 1.036 m³/h para 855 m³/h.
O documento do Ibama cita que estudos de órgãos do governo do Ceará garantem que o represa “possui capacidade suficiente para abastecer o PSQ sem prejuízos ao consumo das comunidades.” “No caso de eventual escassez, a prioridade de consumo é o ser humano, seguido dos animais”, diz.
Mesmo no pior cenário histórico do represa Edson Queiroz, o consumo do PSQ não ultrapassaria 3% do volume do reservatório no mês e, portanto, não afetaria o aprovisionamento. No cenário atual, o consumo mensal seria de, no supremo, 0,5% do volume do reservatório.
Rima
Além de abastecer a indústria, a chuva também será usada para abastecer comunidades locais. “o volume de chuva será suficiente para atender 100% da população dessas localidades.”