Curiosidades
Estudo revela limites da originalidade da perceptibilidade sintético

Embora ferramentas uma vez que o ChatGPT estejam cada vez mais integradas ao dia a dia e levantem debates sobre sua capacidade de competir com artistas, escritores e designers, um estudo australiano recente contesta essa visão. A pesquisa, divulgada em 11 de novembro no Journal of Creative Behavior, indica que, apesar da eficiência em gerar textos e ideias, os modelos de perceptibilidade sintético (IA) possuem um limite matemático que restringe sua originalidade.
Levado pelo professor David Cropley, da University of South Australia, o estudo utilizou a definição clássica de originalidade — um pouco que deve ser simultaneamente original e eficiente — para determinar o desempenho das IAs. Cropley observou que esses sistemas operam com base em padrões estatísticos aprendidos, escolhendo palavras com base na verosimilhança de ocorrência. Esse mecanismo gera um impasse: quanto mais surpreendente o teor, menos útil ele tende a ser, e vice-versa. Uma vez que resultado, a originalidade das IAs atinge no sumo 0,25 em uma graduação de 0 a 1.
Na prática, isso significa que, embora possam produzir textos, músicas e ideias com figura fluida e harmónico, essas ferramentas não conseguem atingir o nível de “originalidade transformadora” — aquela que rompe paradigmas, inaugura movimentos ou propõe soluções verdadeiramente inéditas. Cropley destaca que essa limitação não decorre de falhas técnicas ou falta de dados, mas sim de uma particularidade estrutural dos modelos atuais.
Portanto, as IAs funcionam melhor uma vez que suporte: ajudam a organizar pensamentos, sugerem caminhos e aceleram processos criativos. No entanto, habilidades uma vez que pensamento crítico, sensibilidade artística e capacidade de inovar de forma profunda continuam sendo exclusivamente humanas.
O estudo também reforça que profissionais criativos permanecem essenciais em campos que exigem tradução subjetiva, originalidade e impacto cultural. Para que a IA ultrapasse esse teto criativo, seria necessário desenvolver sistemas com arquiteturas completamente diferentes, que não se baseiem exclusivamente em cálculos probabilísticos.
Enquanto isso não ocorre, a pesquisa sugere um protótipo colaborativo entre humanos e máquinas: a IA uma vez que utensílio, e o ser humano uma vez que fundador. Uma vez que resume Cropley, “gerar um pouco maquinalmente não é o mesmo que produzir um pouco realmente novo”.