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Entenda uma vez que vivia o varão que ficou 20 anos recluso em cativeiro

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Um incêndio proposital foi o último recurso de um varão de 32 anos para evadir de uma vida inteira de aprisionamento. O caso aconteceu em Waterbury, Connecticut, e chocou autoridades e moradores ao revelar que a vítima havia sido mantida em cativeiro por murado de 20 anos, desde os 12, em um quarto com menos de 3 metros quadrados.

O resgate aconteceu em fevereiro, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado para moderar o lume em uma residência deteriorada. Lá, encontraram o varão em estado extremo de fome — ele pesava somente 31 quilos. Um dos socorristas relatou que seu corpo parecia não oferecer resistência alguma, “uma vez que se não estivesse carregando zero”.

Solitário no último caminhar da moradia, sem banheiro, cuidados médicos ou qualquer contato com o mundo exterior desde o ensino fundamental, o varão revelou que ateou lume à residência ao encontrar um isqueiro em um casaco macróbio, oferecido por sua madrasta. Segundo ele, seria sua última tentativa: se não morresse queimado, talvez fosse salvo.

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Durante os anos de reclusão, foi forçado a viver em condições degradantes. Fazia suas necessidades em folhas de jornal, urinava pela janela e se alimentava mal, com comida limitada a sanduíches. Nenhum tipo de desvelo obrigatório lhe era guardado. O espaço em que vivia, minúsculo e sem ventilação adequada, funcionava uma vez que quartinho.

Apesar de sinais claros de negligência terem sido percebidos por colegas, vizinhos e até funcionários da escola, nenhuma mediação eficiente foi realizada ao longo dos anos. O menino havia sido retirado da escola com a justificativa de ensino doméstico, mas, segundo ele, a ensino foi completamente abandonada.

A madrasta do varão, Kimberly Sullivan, de 57 anos, foi presa em março deste ano. Ela responde por crimes uma vez que sequestro, agressão, crueldade, negligência e cárcere privado. Seu legisperito alega que ela não era responsável pelas decisões tomadas na idade e atribui a culpa ao marido já falecido, Kregg Sullivan, padrasto da vítima.

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A polícia mantém o nome do varão em sigilo por se tratar de um caso de violência doméstica. Atualmente, ele recebe atendimento médico e está sob tutela permitido. Investigações seguem em curso, com foco também na apuração das falhas institucionais que permitiram que ele permanecesse tanto tempo em sofrimento sem que ninguém conseguisse ajudá-lo.

O incidente levantou questionamentos sobre os mecanismos de proteção a menores e expôs o risco de invisibilidade enfrentado por vítimas que, mesmo diante de múltiplos alertas, não recebem o suporte necessário.



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