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Eduardo Bolsonaro foge da ditadura da democracia – 19/03/2025 – Flavia Boggio

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Caros patriotas,

Uma vez que vocês devem saber, estou me licenciando do missão de deputado federalista para deixar o país.

Vivemos uma ditadura comandada por Alexandre de Moraes, que está em um processo gradual de concluir com a democracia e nossa liberdade.

O julgamento do meu pai está chegando e há sérios riscos de eu também ser recluso. É lógico que eu não devo zero. Sou um varão simples.

Meu pai é indiciado de treinar o nosso recta democrático de planejar um golpe contra um presidente eleito por voto popular. Mas desde quando planejar é transgressão?

Eu já fiz muitos planos na minha vida e não realizei. Já planejei ser deputado federalista de São Paulo e nem por isso eu fui. Meus eleitores acreditam que eu fui, mas Deus me livre trabalhar para São Paulo.

Sem falar que as urnas não são confiáveis, embora ninguém tenha provado isso.

Ele também é indiciado de fazer secção de um projecto que tinha um pormenor, coisa de zero, de matar o Lula e o Xandão. Mas era só uma coisinha de zero.

Eu também posso ser recluso no Brasil, uma vez que o Lula. Ele também poderia ter fugido. Mas foi trouxa e mereceu.

Podem fazer atrocidades piores comigo, uma vez que apreender meu passaporte. Imagina eu, o mais “american” dos Bolsonaros, que fritei hambúrguer por meses, com o english mais fluent da família, sem poder viajar pros States? Não sobreviverei.

Por isso, pedirei asilo para o presidente Trump alegando violação de direitos humanos. Sim, eu sempre fui contra os direitos humanos para pessoas comunistas, que não merecem. Direitos humanos são para humanos de direita. Se não se chamariam “esquerdos humanos”.

Também fui vítima de tortura. A tortura de não poder usufruir dos benefícios de ter um pai uma vez que presidente.

Quero agradecer os eleitores paulistas pelos votos que me deram o missão de deputado federalista. Adoro a cidade e sempre visito o aeroporto de Guarulhos, nas conexões do voo Rio-Miami.

Também quero agradecer à colunista pelo espaço doado. Na verdade, eu invadi o espaço, mas ainda vivemos em um país livre e eu tenho a liberdade de colocar minha missiva em qualquer lugar, até mesmo na Foice de São Paulo.

Nos vemos nos States, porque não tenho a menor intenção de voltar para o Brasil para trabalhar.


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